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Júlio Cézar Oliveira, 21 anos, sabe que faz parte de um grupo privilegiado. Sua história tinha tudo para dar errado. Aos 7 anos estava na rua e envolvido com drogas, com histórico de violência doméstica e assassinato na família. Aos 10 anos, foi abordado por uma educadora de rua da Casa dos Meninos de Quatro Pinheiros, em Mandirituba, na região metropolitana de Curitiba. Na instituição, o jovem encontrou a oportunidade para mudar seu destino.

Referência nacional, a instituição abriga cerca de 70 meninos em situação de risco. A proposta pedagógica da casa é baseada no princípio "educação pelo trabalho", que recupera a auto-estima das crianças e adolescentes e faz com elas tenham consciência de seus direitos de cidadania, assim como de seus deveres.

Quem entra na casa começa a freqüentar escola, participa da formação educacional através de atividades agrícolas e também de cursos profissionalizantes que são escolhidos de acordo com o desejo e aptidão pessoal de cada criança e com a necessidade do mercado brasileiro.

"Quando cheguei aqui não sabia nem ler, nem escrever", conta Júlio. Hoje, o jovem está no segundo ano do curso de Administração, fala inglês e trabalha como educador na casa. "O meu conselho para quem está nas ruas como eu estive é aproveitar as oportunidades. Elas são raras e não podem ser desperdiçadas", afirma. (AA)

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