• Carregando...

Casos de pessoas que foram vítimas de atropelamentos em rodovias são frequentemente lembrados por aqueles que vivem próximo de estradas e precisam atravessá-las devido a suas atividades diárias. "Aqui na vila [Liberdade, em Co­­lombo] temos muitas viúvas e órfãos que perderam gente nesta estrada [BR-116]. Já chamo até de Rodovia da Morte", conta a dona de casa Albertina Vianti da Silva, 51 anos. Para muitos daqueles que sobrevivem ao acidente, a herança que fica são traumas e sequelas físicas.

"Seguramente, os casos que acontecem em rodovias são mais graves do que os que ocorrem em ruas. O trauma tem probabilidade de ser mais grave", afirma o cirurgião-geral Rached Traya, coordenador do Pronto-Socorro do Hospital do Tra­balhador, um dos que mais recebem pacientes de trauma em Curitiba. "Quanto maior a velocidade do carro, maior a gravidade do acidente. É uma crescente", explica o tenente Shel­don Vortolin, chefe de operações do Batalhão de Polícia Rodoviária. Até o fim de setembro, 1.295 pessoas atropeladas haviam sido atendidas no Hospital do Trabalhador neste ano – não há um índice exclusivo para casos ocorridos em rodovias.

Traya conta que a recuperação dos acidentados é lenta e que é comum vítimas ficarem com sequelas devido a fraturas e a traumas neurológicos provocados por pancadas na cabeça. O médico lembra que o socorro das vítimas deve ser feito por equipes capacitadas e orienta que os socorristas sejam acionados imediatamente, sem que outras pessoas mexam no atropelado. Isso serve para evitar que movimentos errados tragam maiores prejuízos à vítima. "É uma coisa que parece cruel. Ver o indivíduo estirado sem poder mexer. Muitas vezes a intenção é muito boa, mas a execução é trágica", conclui o médico. (JO)

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]