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Trecho de dois quilômetros de duplicação na BR-116, perto de Mandirituba, foi liberado para o tráfego na tarde de terça-feira (13) | /Divulgação
Trecho de dois quilômetros de duplicação na BR-116, perto de Mandirituba, foi liberado para o tráfego na tarde de terça-feira (13)| Foto: /Divulgação

Um conjunto de ações conseguiu reduzir – expressivamente e num curto espaço de tempo – o número de mortes no trecho da BR-116 entre Curitiba e Lages (SC): em 2014 foram registrados 92 óbitos (quantidade que segue a média dos cinco anos anteriores) e em 2015 o número caiu para 57. Além de projetos de prevenção e conscientização dos motoristas, algumas obras na pista e intervenções de sinalização dão mostras de que surtiram efeito.

INFOGRÁFICO: Redução de mortes e duplicação na BR-116

O trecho é administrado pela Autopista Planalto Sul desde 2008. Em 2012, a empresa aderiu à meta da Organização das Nações Unidas (ONU), que busca reduzir pela metade o número de mortes no trânsito na década (até 2020). Uma das iniciativas da concessionária foi a criação do projeto Gerar, sigla para Grupo Estratégico de Redução de Acidentes na Rodovia. Reuniões mensais são realizadas para analisar ocorrências e pontos críticos, buscando soluções adequadas para cada caso. Os técnicos perceberam que em um trecho as colisões transversais – no momento em que os veículos cruzavam a pista – representavam mais da metade dos acidentes. A saída proposta inclui o fechamento de acessos irregulares e obras que conduzem o trânsito.

Para o superintendente da Planalto Sul, Cesar Sass, a redução nos casos de mortes na rodovia se deve a uma combinação de fatores, que incluem ações de fiscalização feitas pela Polícia Rodoviária Federal e a implantação de radares em pontos críticos. “Em um dos locais, o número de acidentes caiu a zero”, comenta. Os controladores de velocidade foram instalados em janeiro de 2015, registrando mais de 11 mil infrações no ano passado. A sinalização ostensiva em curvas, aliada a placas indicando que são pontos com grande número de acidentes, também estaria servindo de alerta para os motoristas.

Um dos principais fatores que teria impactado na redução dos casos de óbito foi a duplicação de 19 quilômetros entre Curitiba e Mandirituba. Enquanto era pista simples, 29 mortes foram registradas naquele trecho, entre 2008 e 2013, em acidentes com colisões frontais. Depois que o percurso foi duplicado, ocorreram duas mortes em batidas frontais (e em situações de veículos na contramão). Considerando todos os tipos de acidentes, a redução na quantidade de óbitos no trecho foi de 52%. Segundo Sass, a queda nos números é muito expressiva, porque a rodovia é quase toda em pista simples, com as ultrapassagens perigosas e imprudentes representando a maior parte dos acidentes fatais.

Até o início de setembro, ocorreram 35 mortes no trecho administrado pela Planalto Sul, número que é interpretado pela empresa como uma tendência de que a estatística de 2016 vai ser ainda menor que em 2016.

Liberado para o tráfego

Mais um trecho de duplicação da BR-116, entre Curitiba e Mandirituba, foi liberado para o tráfego na tarde desta terça-feira (13). São dois quilômetros que se somam aos 17 já realizados nos últimos três anos. A primeira porção garantiu a duplicação entre Curitiba e Fazenda Rio Grande. Outros seis quilômetros de pista dupla estão sendo executados, para atingir os 25 quilômetros previstos no contrato de concessão da rodovia. Dos 412 quilômetros entre Curitiba e Lages (SC), apenas 24 são em pista dupla. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou a concessionária a realizar os estudos sobre a viabilidade de duplicar 98 quilômetros de duplicações, em todos os perímetros urbanos e também um contorno na Serra do Espigão, em Santa Catarina.

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