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Segurança

Acusado de matar o escritor Wilson Bueno recorre ao STF

Garoto de programa quer evitar júri popular antes de STJ analisar habeas corpus

O garoto de programa Cleverson Petreceli Schmitt, acusado de matar o escritor paranaense Wilson Bueno no dia 30 de maio de 2010, apresentou um pedido de habeas-corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir que ele seja julgado pelo crime, em um júri popular, antes de outro pedido de habeas-corpus ser julgado no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O processo estaria parado, esperando o julgamento de mérito. Enquanto isso, Schmitt permanece preso no Centro de Triagem II, em Piraquara na região metropolitana de Curitiba.

No novo pedido de habeas-corpus, o rapaz alega que a falta de definição no STJ o prejudica. "A situação caracteriza evidente constrangimento ilegal, uma vez que, passado mais de seis meses da impetração no Superior Tribunal de Justiça, a situação permanece inalterada. O fato de o pleito não ter sido apreciado no STJ impede que o STF o examine, per saltum, sob pena de levar à indevida supressão de instância e ao extravasamento dos limites de competência do Tribunal, descritos no artigo 102 da Constituição Federal", diz um trecho do pedido.

Porém, o STJ já decidiu em liminar o julgamento do caso e falta a decisão de mérito. No dia 9 de junho, o ministro Nunes Maia Filho negou pedido de liberdade de Schmitt. O caso agora está sob responsabilidade do ministro Jorge Mussi, da 5ª Turma do STJ. O próprio STF já julgou outro habeas-corpus do acusado e negou o pedido de liberdade dele. Em abril deste ano, a 2ª Turma do Supremo manteve a prisão.

Crime

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR), Schmitt teria matado Wilson Bueno na casa do escritor após um desentendimento quanto ao pagamento de R$ 130. Bueno tentou pagar o valor em cheque, mas o rapaz só aceitaria a quantia em dinheiro. Depois de ir buscar uma faca na cozinha, o garoto de programa teria investido contra o escritor e, após o ter ferido com a arma, teria retornado a cozinha para lavá-la enquanto Bueno agonizava.

Após, o crime o rapaz teria levado da residência dois celulares e uma máquina fotográfica. Por isso, além do homicídio ele responde pelo crime de furto.

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