
Uma audiência relacionada ao assassinato do escritor Wilson Bueno foi realizada pela Justiça na tarde desta quinta-feira (4). Seis testemunhas foram ouvidas na sede do Tribunal do Júri, no bairro Centro Cívico, em Curitiba.
Dentre as pessoas que prestaram depoimento, duas foram convocadas pela acusação e quatro pela defesa. Também esteve presente na audiência Cleverson Petreceli Schimitt, de 19 anos, acusado de matar o escritor no fim do mês de maio.
Esta foi a segunda audiência do caso realizada. Na primeira, que ocorreu em outubro, oito testemunhas de acusação foram ouvidas. Entre os que já prestaram depoimento estão a empregada da vítima, o médico legista que examinou o corpo de Bueno, um perito criminal, parentes do escritor e policiais que atenderam a ocorrência.
O juiz da 2.ª Vara do Tribunal do Júri ainda deve ouvir mais três pessoas convocadas pela defesa, além do próprio réu. Uma nova audiência foi marcada para o dia 6 de dezembro, às 15h. Depois que todas as provas e os depoimentos forem colhidos, será decidido se o acusado vai ou não a júri popular.
Cleverson Schimitt continua preso na carceragem da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR). Ele foi denunciado à Justiça por homicídio duplamente qualificado (por ter sido cometido por motivação fútil e por não dar chances de defesa à vítima) e por furto. O Ministério Público (MP) decidiu não acusar o homem por latrocínio (roubo seguido de morte) apesar de o suspeito ter furtado alguns objetos da vítima.
Crime
Wilson Pinto Bueno, de 61 anos, foi encontrado morto dentro de sua residência, no bairro Tingui, em Curitiba, na noite de 31 maio. Ele foi assassinado por volta das 21 horas do dia 30. Segundo o inquérito policial elaborado pela DFR, o escritor morreu depois de ter sido atingido por um golpe de faca no pescoço, que teria sido desferido por Schimitt.
De acordo com as autoridades, o crime foi motivado por um cheque de R$ 130 que Bueno teria sustado depois de repassar a Schimitt como pagamento de um programa sexual e adiantamento de um serviço de demolição. Para o MP, o escritor queria efetuar o pagamento em dinheiro e reaver o cheque antes que o rapaz o descontasse.
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