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Começou nesta quinta-feira (10), no Tribunal do Júri, o julgamento de quatro homens acusados de matar o autônomo Alcides de Oliveira, na época com 47 anos, a pedradas e pauladas. O crime violento foi cometido em maio de 2001, no bairro Fazendinha. A vítima teria sido agredida depois de pedir silêncio aos rapazes que participavam de uma festa na vizinhança. O julgamento começou às 9h e não havia uma previsão de encerramento.

Além dos quatro homens, outros dois menores, então com 15 anos, já foram julgados pelo crime e ficaram apreendidos por três anos. No julgamento desta quinta, Antônio Carlos Biscoravaine, 28, Claudinei Laroca, 31, Edson Luiz Stella, 31, e Fabio Stella, 28, respondem por homicídio duplamente qualificado: motivo fútil e torpe (moralmente reprovável). Os suspeitos de agressão aguardaram o julgamento em liberdade. Outro acusado, Anderson Clayton Barbosa, de 30 anos, conseguiu uma liminar na Justiça e será julgado pelo crime em separado em data ainda não definida.

No início do julgamento, testemunhas de acusação e defesa foram ouvidas pelo juiz. Depois ocorreram os depoimentos dos réus e a promotoria falou aos jurados. Por volta das 20h, a defesa dos acusados defendia os seus argumentos. O júri popular – composto por sete pessoas que serão sorteadas – vai decidir se os réus são culpados ou inocentes. A pena máxima prevista é de 30 anos de reclusão para cada acusado.

O crime

De acordo com o advogado de acusação, Nilton Ribeiro, cerca de 30 pessoas estavam reunidas em uma via pública do bairro com som alto, comendo pinhão e tomando vinho. Segundo ele, a vítima estava com a família em casa, incluindo a filha de apenas oito meses. Ele teria se incomodado com o barulho e foi pedir silêncio ao grupo. Os rapazes teriam se irritado e Alcides foi agredido até a morte com golpes de pedra e pau.

O julgamento de cinco acusados chegou a ser marcado para o dia 23 de fevereiro, no entanto acabou adiado por falta de jurados. Eram necessários no mínimo 25 jurados, mas somente 15 compareceram ao Tribunal do Júri.

A reportagem tentou contato por telefone com um dos advogados de defesa dos réus, mas não obteve sucesso.

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