Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
justiça

Acusados de racismo já saíram da cadeia

Os três estudantes de Medicina de uma faculdade particular de Ribeirão Preto, acusados de ra­­cismo contra um trabalhador de 55 anos, nem passaram uma noite na cadeia. Ontem os advogados de defesa dos três conseguiram a liberdade provisória, concedida no início da noite pe­­lo juiz plantonista Ricardo Braga Montesserat.

A defesa alegou que não houve agressão nem a conotação racial para que os três ficassem presos. O delegado do 1.º Plantão Policial, Mauro Coraucci, indiciou os estudantes por injúria real e discriminação, com base nos relatos da vítima e de testemunhas.

A libertação dos três estudantes ocorreu por volta das 20 horas, segundo o advogado Carlos Man­­­cini. Emílio Pechulo Ederson, 20 anos; Felipe Grion Trevisani, 21 anos; e Abrahão Afiune Júnior, 19 anos, foram presos após agredirem Geraldo Garcia, que seguia de bicicleta para o trabalho, com uma marmita, no início da ma­­­nhã de sábado, na Avenida Fran­­­cisco Jun­­queira. De carro, os jovens teriam se aproximado e o passageiro teria desferido um golpe nas costas de Garcia, com um tapete enrolado, e gritando "negro".

Dois vigilantes, que tinham saído de um evento e testemunharam o fato, seguiram e detiveram os estudantes numa avenida próxima. A Polícia Militar levou-os ao 1.º Plantão Policial do município, no centro. O trio foi autuado em flagrante por racismo, crime inafiançável e que prevê pena de 1 a 3 anos de prisão. A defesa também pediu o relaxamento do flagrante. Ederson é de Belém (PA), Tre­visani é de Campinas (SP) e Afiu­ne Júnior, de Ribeirão Preto (SP).

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.