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Foi adiada até o dia 10 de setembro a retirada de quiosques instalados em praias de Guaratuba, Litoral do estado. A decisão foi da gerência regional no Paraná da Secretaria de Patrimônio da União (SPU). O órgão federal havia estipulado um prazo de 48 horas, encerrado na sexta-feira (31), para a remoção. Nenhum quiosque, no entanto, foi retirado pelos proprietários, que ameaçam resistir à desocupação.

O gerente regional da SPU, Dinarte Antônio Vaz, disse que o adiamento foi decidido para o planejamento da remoção dos 86 quiosques instalados na praia Central e de outros seis em Caieiras. Além da preparação logística (que envolverá a utilização de caminhões para o transporte e de galpões para o depósito dos objetos), Vaz afirma que será necessária a presença da Polícia Federal para garantir a segurança da operação.

A principal motivação para a retirada dos quiosques, de acordo com o gerente, é evitar riscos à saúde da população local e de veranistas, já que na área não existem redes de abastecimento de água e esgoto e nem mesmo sanitários. Vaz cita ainda a agressão estética das praias.

Os quiosques foram instalados nas praias em 1996. Na época, a prefeitura de Guaratuba resolveu disciplinar o comércio ambulante na orla do município, retirando carrinhos de lanches e trocando pelos quiosques. A licença inicial para exploração dos quiosques fixos foi expedida para um período provisório, até a elaboração de um projeto definitivo para acomodar os ambulantes. O projeto autorizado recentemente prevê a existência de somente seis quiosques.

Sem a execução do projeto, os ambulantes foram permanecendo no local. A maior parte dos comerciantes beneficiados pelo acordo inicial acabou vendendo os "pontos". Atualmente, apenas 25% do total de quiosques é administrado por moradores de Guaratuba. Os quiosques só são utilizados na temporada e em feriados prolongados. No restante do período, permanecem lacrados. Alguns proprietários deixam até mesmo freezers enferrujados expostos na areia.

O presidente da Associação dos Verdadeiros Ambulantes de Guaratuba, Osório Soares, diz que já ouviram promessas de um local definitivo, mas nada foi concretizado. Ele afirma que tentará em conjunto com os demais ambulantes utilizar o prazo do adiamento para reverter a situação.

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