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Categoria prometeu acampar em frente ao Palácio Iguaçu até conseguir uma reunião com o governador Beto Richa (PSDB) | Aniele Nascimento/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Categoria prometeu acampar em frente ao Palácio Iguaçu até conseguir uma reunião com o governador Beto Richa (PSDB)| Foto: Aniele Nascimento/Agência de Notícias Gazeta do Povo

Superlotação: três fogem pela porta da frente da DFRV

Três detentos fugiram da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DRFV) de Curitiba, no bairro Vila Izabel, na manhã desta segunda-feira (2). A fuga ocorreu por volta das 11h30, mas cerca de cinco minutos após a ocorrência os presos já haviam sido recapturados. A carceragem a DFRV, segundo a Polícia contava com 131 detentos na hora da fuga, em um local com capacidade para apenas 40. De acordo com Aufiero, foi prometido aos presos que deve haver uma transferência de parte das pessoas no prazo de 30 dias, para aliviar a superlotação.

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  • Membros da categoria prometem acampar em frente à sede do governo estadual

Representantes dos agentes penitenciários do Paraná acampam em frente ao Palácio Iguaçu, sede do governo do Paraná, em Curitiba. Eles prometem ficar no local até que o governador os receba em uma reunião para debater melhorias nas prisões do estado. Ônibus de oito cidades devem chegar ao local durante o dia e a expectativa é de que pelo menos 300 pessoas participem das manifestações, que podem durar vários dias.

Durante esta manhã, cerca de 100 pessoas tomavam um café da manhã enquanto distribuíam panfletos com as principais bandeiras da categoria. Os atos são coordenados pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen). O vice-presidente da entidade, Antony Johnson, cita que a situação dos presídios é caótica. Ele diz que a principal reivindicação prioritária da categoria já não é por aumento salarial, mas por melhores condições de trabalho.

"Queremos sistema prisional mais seguro e humano. Sistema penitenciário é muito grave, preciso de um investimento pesado para que haja condições. Caso não haja reunião com o governo, podemos chamar assembleia geral aqui mesmo. Nossa previsão é permanecermos aqui uma semana, até uma semana e meia."

Johnson diz que apenas os agentes de folga participam do protesto. Os outros continuam em seus postos e passam a aplicar uma operação-padrão nas unidades prisionais de acordo com a cartilha de segurança. "Hoje, o agente penitenciários carrega o piano sozinho, faz o serviço de três ou quatro e recebe o salário de um."

O vice-presidente do sindicato relata que por seguir à risca o manual, serviços nos presídios ficarão prejudicados. "Os procedimentos serão diminuídos para manter a segurança de todos. Vamos manter o pátio de sol e a alimentação. Vai ficar prejudicada a escola dos presos e os advogados que forem atender os presos, vai demorar um pouco. Ele vai falar com o cliente, mas vai demorar", previne.

O dirigente diz que o estado atualmente tem 3 mil agentes, mas, segundo ele, seria necessário pelo menos 4,5 mil para dar conta das demandas nas unidades carcerárias. Nesse aspecto está uma das reclamações mais concretas do grupo, a realização de um concurso público. "Queremos um aumento na gratificação de risco e um concurso público, precisamos de mais 1,5 mil agentes. Temos que acabar com os desvios de função e ter a implementação do porte de arma para os agentes".

Violência contra agentes

Entre fevereiro e março deste anos, diversos casos envolvendo agentes penitenciários foram registrados, entre eles duas mortes. No dia 18 de março, um agente penitenciário de 47 anos foi assassinado no bairro Boa Vista, em Curitiba. Pouco antes, no dia 13 do mesmo mês, outro membro da categoria, de 35 anos, foi assassinado com 11 tiros, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).

Ainda em março, no dia 11, uma agente de 43 anos foi atingida por um tiro, no Xaxim, em Curitiba. Algumas semanas antes, no dia 25 de fevereiro, no Pilarzinho, um agente foi atingido por um tiro dentro da casa dele. Ele foi levado para um hospital e se recuperou. Dois homens seriam os responsáveis pelo crime.

Outro lado

A reportagem entrou em contato com a Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, do governo estadual. A informação repassada pela assessoria é de que o pronunciamento sobre o assunto será feito à tarde por meio de nota.

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