Foi com certo desapontamento que a imprensa conheceu Jair Correia, mentor e executor da maior chacina da história do Paraná. Esperava-se uma figura simbólica do crime. Alguém que pelas suas próprias características físicas simbolizasse toda grandiosidade macabara de um matança com 15 vítimas, três assassinos, munição dos mais variados calibres e cinco horas de vingança. Esperava-se um Don Corleone do crime, apareceu Jair Correia, 1,60 m de altura, cara de agricultor humilde.
"Vocês vão ver a cara do sujeito. Não parece ser o cara que mata 15 pessoas", surpreendeu-se o secretário de Segurança, Luiz Fernando Delazari. A condição humilde de Jair poderia levar a crer na diminuição do mérito da polícia, como se fosse alvo fácil de capturar. Ledo engano. Ele percorreu três estados, numa região onde fronteiras geográficas pouco significam. Prevaleceu o conhecimento do terreno e a capacidade de ser anônimo, qualidade que Jair tinha de sobra. Mesmo assim, acabou capturado.
Outro equívoco seria classificar a chacina como acerto menor entre bandidos. Dirceu de Souza Pereira, enteado de Jair, havia sido morto um mês antes por homens de Jossimar Marques Soares, o Polaco, dono da chácara onde ocorreu a matança de 22 de setembro. Foi um entre os 13 assassinados em Guaíra antes da chacina, segundo a Secretaria de Segurança Pública. A chacina de Guaíra não é um evento anormal provocado por meia dúzia de delinqüentes. É a conseqüência macabra, mas natural, de uma cidade que cada vez mais vive uma rotina de contravenção e de criminalidade. (GV)
-
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
-
O “relatório da censura” e um momento crucial para a liberdade de expressão
-
Braço direito de Moraes no STF já defendeu pena de morte e é amigo de Val Marchiori
-
Três governadores e 50 parlamentares devem marcar presença no ato pró-Bolsonaro de domingo
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
Afastar garantias individuais em decisões sigilosas é próprio de regimes autoritários
Justiça suspende norma do CFM que proíbe uso de cloreto de potássio em aborto
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil
Deixe sua opinião