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Financiamento

Fomento Paraná pode emprestar dinheiro a afetados pelas chuvas

Antonio Senkovski e Kelli Kadanus, especial para a Gazeta do Povo

A Fomento Paraná foi autorizada ontem, por meio de decreto do governador Beto Richa (PSDB), a fornecer empréstimos a empresários e prefeituras de municípios afetados pelas chuvas. Os recursos poderão ser usados para a reconstrução de estruturas públicas ou privadas danificadas. O governo não anunciou quanto estará disponível nem a partir de quando.

As prefeituras ou empresários terão de pagar o financiamento. A agência se compromete a não cobrar os juros e, no caso dos municípios, a abater os custos operacionais das transações com o Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE).

A Fomento Paraná também foi autorizada a buscar outras fontes de financiamento. A assessoria de imprensa da entidade não fala em valores máximos a serem disponibilizados, diz apenas que agirá reagindo de acordo com a demanda. Mas a agência afirma que já está encaminhado contato com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para ampliar a capacidade de concessão de empréstimos.

TCE orienta

O Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR) está atendendo os municípios atingidos pelas chuvas através de um esquema especial, auxiliando as cidades incluídas em decretos de situação de emergência pelo governo estadual.

O TCE-PR presta atendimento e consultas, além de tirar dúvidas a respeito de ações que envolvam o emprego de recursos públicos recebidos neste período de enchentes. O atendimento é feito por técnicos do tribunal, que orientam as prefeituras e órgãos municipais a respeito do correto procedimento em relação a compras, prestação de serviços e outras ações necessárias para atendimento à população afetada pelas chuvas.

Depois de quase uma semana desde as chuvas intensas que provocaram estragos em diversas cidades do Paraná, algumas delas ainda enfrentam problemas localizados no fornecimento de água e luz. A situação mais complicada é a do município de União da Vitória, na Região Sul do estado. Como o nível do Rio Iguaçu continua muito alto – tendo variado entre 8,1 e 7,9 metros entre a manhã e a tarde de ontem, várias regiões da cidade continuam alagadas, o que dificulta os reparos tanto na distribuição de água quanto na rede elétrica.

Segundo a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), o abastecimento já está normalizado na maior parte do município, mas ainda há cerca de 750 unidades consumidoras sem água nas torneiras, inclusive na área central, porque o alagamento impede a realização de operações na tubulação afetada pela enxurrada.

Continua faltando água, também, em alguns pontos da cidade de Prudentópolis (Campos Gerais), uma das últimas do Paraná a recuperar seu sistema de captação de água após a chuva intensa. Os bairros mais afetados são os que fica próximos à rodovia BR-373, na entrada da cidade, pois se situam num ponto mais alto. Cerca de 30% das unidades consumidoras do município ainda enfrentavam problemas com a distribuição de água ontem e a expectativa da Sanepar é de que o abastecimento esteja completamente regularizado hoje.

Luz

Ontem, duas mil unidades consumidoras ainda não contavam com luz. Segundo a Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel), cerca de 900 delas estão nas regiões Central e Sul e outras 800 na região Oeste. As cerca de 300 restantes estão distribuídas, de maneira dispersa, por outras regiões do Paraná.

Ainda de acordo com a Copel, essas unidades que ainda estão sem luz são as que têm acesso mais difícil e, por isso, não há uma previsão exata de quando o problema será completamente resolvido.

Só em União da Vitória, são 69 unidades desligadas da rede ainda como efeito dos estragos da chuva e outras 514 são mantidas em desligamento forçado pela própria companhia devido à impossibilidade de manutenção na rede enquanto o nível do Rio Iguaçu não baixar.

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