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Rio de Janeiro

Alunos ocupam reitoria da UFRJ

Ato acontece após Conselho Universitário que tratou da crise dos terceirizados

Alunos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) ocuparam a reitoria da universidade na tarde desta quinta-feira (14). Um grupo de 150 estudantes pedia ampliação no número de bolsas auxílio e adiantamento do edital— que estava previsto para setembro—, a resolução do problema dos terceirizados com o pagamento imediato e que a reitoria realize um censo do alojamento para possibilitar a transferência dos alunos para a nova moradia estudantil. Além disso, os alunos repudiam o ajuste fiscal do governo federal e o corte de verbas para a educação.

Mais cedo, os estudantes participaram da reunião do Conselho Universitário (Consuni) para reivindicar essas pautas. No entanto, a sessão do Consuni foi suspensa pelo reitor, Carlos Levi, com a justificativa de que não havia quórum para a votação das propostas. Ao término da reunião, Levi deixou a sala do Consuni sob gritos de “omisso”.

“A sessão foi encerrada sem nenhum tipo de encaminhamento, a gente não tem nenhuma resposta sobre o que a reitoria vai fazer em relação aos terceirizados. Estamos em uma situação de urgência na universidade, vamos tentar conversar com a reitoria para que façamos uma espécie de conselho extraordinário. Não podemos ignorar o fato que várias unidades já fecharam. Se a universidade não se reunir para falar sobre isso ela estará se calando perante uma situação calamitosa”, afirmou a estudante de Letras, Luiza Foltran, membro do Diretório Central dos Estudantes (DCE).

A ocupação foi decidida durante uma assembleia estudantil, realizada após o término da sessão do Consuni. Os estudantes formaram uma comissão para negociar com o reitor a resolução da questão.

Durante o Consuni, conselheiros pediam que a reitoria desse nome à situação vivida pela universidade. De acordo com eles, a UFRJ passa por uma crise e o caso deve ser tratado de maneira emergencial. Após a sessão, perguntado sobre a possibilidade de suspender as aulas de toda a universidade, o reitor tergiversou, mas não descartou a possibilidade.

“Estou tentando evitar que isso evolua para esse tipo de necessidade. Todo esforço vem sendo feito exatamente para garantir condições mínimas de tranquilidade institucional para que a gente possa avançar sem prejuízo de resolver enfrentar o problema dos terceirizados”, afirmou Levi.

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