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Natureza

Ameaçada de extinção, ariranha filhote chega ao Refúgio Biológico de Itaipu

Chegada do animal traz esperança de reprodução da espécie no Paraná, onde foi avistada pela última vez em 1998

Ariranha chegou ao refúgio magrinha, mas com boa saúde. | Rubens Fraulini/Itaipu Binacional
Ariranha chegou ao refúgio magrinha, mas com boa saúde. (Foto: Rubens Fraulini/Itaipu Binacional)

O trajeto de Altamira, no Pará, até Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, foi longo, mas depois de 11 horas de viagem, a pequena ariranha da espécie Pteronura brasiliensis chegou a seu destino nessa terça-feira (21): o bichinho é o mais novo morador do Refúgio Biológico Bela Vista (RBV) de Itaipu.

O filhote renova a esperança de reprodução da espécie no estado, onde está ameaçada de extinção – no restante do Brasil é considerada vulnerável, e no mundo, em perigo. O RBV mantém um dos principais programas de reprodução de harpias (gavião-real) da América do Sul, e pretende repetir a experiência com a ariranha.

O desafio, entretanto, é grande, pois a espécie têm uma janela de reprodução considerada curta por especialistas: a idade reprodutiva começa aos dois anos e se estende por dez ou doze anos, porém, poucas ariranhas vivem em cativeiro – aqui no Brasil, são apenas 20; no mundo inteiro, 120.

Cuidados

A ariranhazinha de apenas três meses de idade chegou magra, com apenas 3,5 quilos, mas tem boas condições de saúde. Segundo o médico veterinário Wanderlei de Moraies, por enquanto o animal será mantido no hospital do refúgio para ganhar peso e fazer a transição da amamentação para os alimentos sólidos. Só quando completar dez meses será levado para exposição e visitação. A ariranha integrará o plantel com mais de 363 animais do refúgio, entre mamíferos, aves e répteis.

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