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Brasília – Um dia depois do anúncio da renúncia em bloco do Conselho de Ética, só um dos seis deputados que anunciaram a saída do órgão, Orlando Fantazzini (PSol-SP), formalizou a decisão à direção da Câmara.

O grupo decidiu abandonar o Conselho em protesto à absolvição do ex-presidente da Casa João Paulo Cunha (PT-SP) no plenário. O grupo ganhou ontem a adesão de Carlos Sampaio (PSDB-SP), ampliando para sete o número de dissidentes: "Minha indignação não consegue aguardar mais um dia, e indignação não pode ter data marcada", disse.

Os cinco deputados que não oficializaram a renúncia argumentaram que só não a protocolaram ontem porque estavam em seus estados: "Não houve tempo hábil, mas não existe possibilidade de recuo. Na segunda-feira todo mundo oficializa a burocracia regimental", disse Júlio Delgado (PSB-MG). Segundo Delgado, Fantazzini foi o único a formalizar o pedido porque sua decisão estava preparada com antecedência, antes de ele viajar ao exterior.

No total, nove integrantes do Conselho assinaram uma carta de renúncia ontem. Dos nove, entretanto, somente seis afirmaram que não participarão de mais nenhuma reunião do órgão: Delgado, Fantazzini, Sampaio, Chico Alencar (PSOL-RJ), Benedito de Lira (PP-AL) e Cézar Schirmer (PMDB-RS), que é suplente.

Indecisos

Os outros três signatários da carta de renúncia – Nelson Trad (PMDB-MS), Marcelo Ortiz (PV-SP) e Cláudio Magrão (PPS-SP) – ainda hesitam em atender ao apelo do presidente do Conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), para que permaneçam até o término dos dois processos pendentes – Vadão Gomes (PP-SP) e José Janene (PP-PR).

No caso de Ortiz, que é suplente, o que o fez recuar da decisão foi a proposta de Izar para que fique com a relatoria do processo contra Janene, então atribuída à deputada Ângela Guadagnin (PT-SP), afastada do Conselho.

Nelson Trad afirmou ao grupo que reavaliará sua posição até segunda-feira, mas tende a acatar o pedido devido à amizade que mantém com Izar. Já o caso de Magrão está nas mãos da direção do PPS. Segundo a liderança do partido na Câmara, ele está "em compasso de espera".

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