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Depois de 70 dias de paralisação, cerca de 35 policiais federais de Maringá, entre agentes, escrivães e papiloscopistas, retomaram as atividades nesta terça-feira (16). O início e o término da greve no Município atenderam à decisão do movimento nacional de paralisação da Polícia Federal (PF), comandado pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef). O anúncio da retomada das atividades foi feito na tarde de segunda-feira (15).

Desde 17 de agosto, o atendimento ao público, incluindo serviços de passaporte, registro de armas e de estrangeiros, foi mantido com 30% dos funcionários, conforme determina a lei. O serviço da PF no Aeroporto Silvio Name Júnior e o trabalho dos delegados foram mantidos normalmente, segundo o sindicato local dos policiais federais.

De acordo com Eduardo Zobisch, representante sindical local, as atividades foram retomadas por conta da orientação federal. Mesmo assim, poderão ocorrer manifestações da categoria nos próximos dias, já que as reivindicações da classe não foram atendidas. "A decisão da retomada das atividades, na verdade, seguiu uma determinação do STJ [Superior Tribunal de Justiça]. Mas as negociações continuam e, por isso, os protestos não estão descartados."

Em agosto, o governo propôs reajuste salarial de 15% à categoria, mas os policiais rejeitaram a proposta. A justificativa é de que agentes, escrivães e papiloscopistas reivindicam a regulamentação em lei das funções exercidas pelos policiais nas carreiras de nível superior.

Retomada

A administração da Delegacia de Polícia Federal de Maringá afirmou que na manhã do primeiro dia da retomada das atividades o movimento foi normal. Não houve registro de filas ou aglomeração na manhã desta terça-feira (16).

De acordo com o departamento, serviços como passaporte e registro de estrangeiros são agendados pela internet. Por isso, deve haver aumento de demanda nos próximos dias no site da PF. A PF afirma que a possibilidade de mutirões para dar conta dos serviços atrasados ainda não foi discutida pela administração.

No Paraná, os policiais federais de Foz do Iguaçu foram os primeiros a retornarem ao trabalho, na tarde de segunda-feira (15). De acordo com o presidente do sindicato de Foz, Bibiana Orsi, a categoria decidiu suspender a greve no município, mas manterá os protestos. "O tempo que permaneceremos trabalhando depende da evolução nas negociações com o Ministério da Justiça até sermos efetivamente atendidos", comentou destacando que o primeiro dia de trabalho foi "lento e vagaroso" e que ainda não é possível estimar o volume de trabalho acumulado.

Há cerca de 15 dias, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconheceu a legitimidade da greve dos policiais federais, mas fixou a necessidade de manutenção de cotas mínimas de servidores em algumas áreas de trabalho. A categoria era a única ainda parada no funcionalismo federal.

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