Atualizado em 28/12/2006 às 17h15
O policial civil Délcio Augusto Rasera, preso acusado de chefiar um esquema de escutas telefônicas clandestinas, se apresentou na tarde desta quinta-feira (28) à Justiça de Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba.
A soltura de Rasera foi determinada na semana passada. Mas, após a constatação de algumas irregularidades judiciais, o juiz de camarca, Gaspar Luiz Mattos de Araújo Filho, pediu o cumprimento de um mandato de prisão preventiva, que ainda estaria em vigência.
A apresentação do acusado foi antecipada à reportagem da Gazeta do Povo Online pelo advogado de defesa, Luiz Fernando Comegno. "Ele foi solto por uma seqüência de erros do poder judiciário", considerou o advogado. Segundo ele, Rasera passou o Natal com a família. As festas de Ano Novo, contudo, ele deve passar na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, em Curitiba, onde estava preso desde o dia 5 de setembro.
O policial civil foi solto na última sexta-feira (22) após conseguir um alvará de soltura relativo ao processo de porte ilegal de arma. Por responder um outro processo, por interceptação telefônica ilegal, Rasera não deveria, segundo a Justiça, ter sido posto em liberdade. Motivo que levou o acusado a se apresentar nesta quinta-feira, por volta das 17 horas. Caso não comparecesse, seria considerado foragido.
Rasera é acusado de fazer escutas telefônicas clandestinas (grampos) que teriam atingido juízes e políticos. Quando foi preso, o policial estava trabalhando na Casa Civil do governo do estado. Além do policial, outras seis pessoas foram presas.
Vídeo: Rasera se apresenta à Justiça
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