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Curitiba

Após dois meses, inquérito de grávida que parou Osório ainda não foi concluído

Emanuélli Gabardo foi indiciada por porte ilegal de armas, disparo em via pública, distúrbio do sossego e danos ao patrimônio

Emanuélli Gabardo, a grávida que ameaçou se suicidar na Praça Osório no Centro de Curitiba há dois meses, foi indiciada por quatro crimes pelo 1º Distrito Policial: porte ilegal de armas (com o agravante de ser de uso restrito), disparo em via pública, distúrbio do sossego e danos ao patrimônio. O inquérito, no entanto, ainda não foi concluído.

Em entrevista cedida nesta terça-feira (7), o delegado Rinaldo Ivanike, que comanda o inquérito, declarou que pedirá mais tempo para concluir as investigações. "Só falta anexar o laudo da Polícia Militar quanto aos danos causados aos veículos e da Criminalística com o laudo da arma usada", afirma o policial. O delegado pediu à Vara de Inquéritos mais 30 dias para dar tempo dos laudos serem anexados ao caso. O pedido ainda não foi julgado.

Emanuélli ficou conhecida na tarde de 4 de agosto após ameaçar se suicidar com uma arma na Praça Osório. Grávida, ela havia brigado com o namorado e exigia falar com ele. A área ficou isolada por quatro horas e mobilizou um grande contingente de policiais civis e militares. Por volta das 20h, ela furou um bloqueio policial se chocando contra uma moto da PM. A polícia perseguiu a mulher com viaturas descaracterizadas. No final da noite ela entregou a arma para a mãe. A família seguiu diretamente para a clínica de tratamento psicológico, que não teve a localização divulgada.

Na mesma semana em que o caso ocorreu, o tenente-coronel Jorge Costa Filho disse que a mãe dela, a policial militar Silvana Gabardo, estaria supostamente respondendo por inquérito interno da Polícia Militar por ter sido displicente com seu objeto de trabalho. A Gazeta do Povo tentou entrar em contato com o responsável pelo inquérito, mas não obteve retorno. "A Polícia Militar colaborou com todas as investigações", declarou Ivanike. A PM cedeu fotos e deu uma descrição detalhada do caso, assinala o delegado.

Além de oficiais da corporação, o delegado ouviu testemunhas e familiares de Emanuélli. As pessoas próximas da acusada asseguraram à polícia que ela está sob tratamento psicológico desde que se entregou. Emanuélli preferiu ficar calada em seu depoimento à Polícia Civil.

O delegado achou desnecessário pedir a prisão preventiva de Emanuélli, tendo em vista que é ré primária e tem residência fixa. "Agora a Justiça decidirá o que fazer", conclui Ivanike, que preferiu não opinar sobre a pena que deverá ser imposta a Emanuélli.

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