A Anvisa concedeu registro ao medicamento Brentuximab Vedotin (Adcetris), utilizado no combate a linfomas raros. A entrada do pedido ocorreu em fevereiro de 2013, e o prazo para análise seria até maio daquele ano, segundo o Ministério Público Federal (MPF). Uma paciente de Paranavaí ficou impossibilitada de ter acesso à medicação em função da situação irregular e morreu sem conseguir começar o tratamento com o Adcetris.
Diagnosticada com linfoma Hodgkin, a paranaense passou por três linhas de tratamento antes de solicitar o uso do Adcetris, que seria necessário para a realização de um transplante. A Unimed, sua seguradora, recusou-se a custear as 16 doses que teriam um custo de R$ 345 mil, em função da falta de registro na Anvisa.
Uma liminar do MPF de 2013 determinou a aquisição da droga pelo poder público, mas a falta de registro levou o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF 4) a derrubar a decisão. A paciente morreu em setembro de 2013.
O Adcetris foi registrado em 1.º de setembro como um antineoplásico (utilizado para impedir a disseminação de tumores), sob responsabilidade do laboratório Takeda Pharma, segundo a Anvisa. Contudo, não há previsão de que ele seja incorporado à tabela do SUS uma vez que, para tal, é preciso que o laboratório ou alguma entidade interessada entre com um pedido no Ministério da Saúde (MS) e prove a segurança e a eficácia do remédio.
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