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Depois de conseguirem um reajuste de 17%, os coletores de lixo decidiram pelo fim da greve nesta quarta-feira (15) em Londrina. A coleta de lixo no Município voltou ao normal por volta das 9h30.

A proposta - de salário de R$ 1.012 mais adicional de insalubridade de 40% e vale alimentação de R$ 457 - elevou os ganhos dos empregados para R$ 1.740,25. O novo piso da categoria deve ser pago a partir de junho, quando a licitação para o serviço for concluída.

A nova proposta foi apresentada aos trabalhadores após uma reunião entre representantes da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), da MM Consultoria, Construções e Serviços, e do Sindicato dos Trabalhadores em Asseio e Conservação (Siemaco).

Antes disso, os trabalhadores rejeitaram a proposta de 10% nos salários e 10% no vale alimentação da MM. "O reajuste indicado pela CMTU é maior e acaba incidindo sobre férias, FGTS, toda a remuneração", avaliou a presidente do Siemaco, Izabel Aparecida de Souza.

Os novos vencimentos devem ser pagos aos funcionários do setor independentemente da empresa vencedora da licitação para prestar o serviço no próximo semestre. O edital que abre o certame deve ser publicado ainda nesta quarta-feira (15), segundo a assessoria da CMTU.

Caso a MM vença o processo de licitação, deverá aplicar o aumento de 17% nos salários dos funcionários. Se a empresa ficar de fora do processo, as rescisões dos contratos de trabalho dos funcionários deverão sofrer reajuste de 6,57% - o primeiro ofertado pela empresa.

"Ficou acordado que se a MM não continuar no serviço de coleta em Londrina, ela deve aplicar o índice que vinha oferecendo anteriormente, de 6,57%, sobre os salários na rescisão dos contratos", explicou Izabel.

Para a CMTU, a medida, de obrigar a empresa a pagar o piso para os coletores de lixo, diminui a possibilidade de aditivos ao contrato.

Mais caminhões, mais funcionários

Segundo o diretor operacional da MM, Raimundo Paiva, se vencer a licitação, a empresa deverá ampliar o número de caminhões utilizados na coleta.

Os 17 veículos atualmente à disposição da MM não são suficientes. "Hoje estamos trabalhando no limite da capacidade operacional. Como a cidade cresceu, essa ampliação vai ser necessária, o que vai encarecer o custo da operação", declarou, em entrevista coletiva.

Ele estimou que o número de funcionários da empresa também deve aumentar. "Assim como queremos ter mais caminhões, 20 no total, também queremos contratar mais empregados." A ampliação no quadro de pessoal pode chegar a 30%, entre motoristas e coletores.

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