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Segurança

Após perseguição, acusado de assaltar posto bancário é preso

Homem era foragido da Colônia Penal Agrícola e é suspeito de ter participado de outros assaltos. Ele foi detido horas depois do roubo

Souza foi apresentado na tarde desta quinta-feira (24) | Felippe Aníbal/ Agência de Notícias Gazeta do Povo
Souza foi apresentado na tarde desta quinta-feira (24) (Foto: Felippe Aníbal/ Agência de Notícias Gazeta do Povo)

O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) apresentou, na tarde desta quinta-feira (24), Luiz Carlos de Souza, de 27 anos, apontado como um dos autores do assalto ao posto bancário da CCV concessionária de veículos, localizada no bairro Tarumã, em Curitiba. Segundo a polícia, o acusado era foragido da Colônia Penal Agrícola e pode estar envolvido em outros roubos a banco ocorridos na capital. A namorada de Souza também foi detida.

"Agora, as investigações continuam para levantarmos quantos assaltos o acusado participou e para prender o restante da quadrilha", disse o delegado Alexandre Macorin.

Souza foi preso no bairro Alto Maracanã, em Colombo, na região metropolitana. Ele dirigia um automóvel Marea e, quando recebeu voz de abordagem, arrancou com o veículo, iniciando uma tentativa de fuga. Segundo o delegado, Souza perdeu o controle do veículo em uma curva e bateu contra um poste de luz. "Ele tentou fugir a pé, mas acabou detido", contou Macorin. De acordo com a polícia, o acusado confessou participação no assalto.

Após a prisão, a polícia fez buscas na casa do acusado, no bairro Cajuru, na capital. Na residência, Angélica Moraes Ferreira, de 23 anos, apontada como namorada de Souza, foi presa por receptação de produtos roubados. "Ela estava com o celular de uma funcionária do posto bancário e que tinha sido levado durante o assalto", disse o delegado. As armas usadas no crime e o dinheiro roubado não foram encontrados.

De acordo com a polícia, o vigilante e a funcionária do banco foram ao Cope, onde reconheceram Souza como um dos autores do assalto. Há suspeitas de que o acusado tenha envolvimento com outros crimes. O delegado informou que Souza havia fugido da Colônia Penal, onde cumpria pena por roubo.

O caso e como os assaltantes agiam

O posto bancário foi assaltado por volta das 13h40 de quarta-feira (23), quando dois homens entraram no posto bancário. Eles se passaram por clientes e perguntaram se era possível descontar um cheque no valor de R$ 5 mil no estabelecimento. Enquanto eles eram atendidos, um deles sacou uma arma e rendeu o vigilante, anunciando o assalto. Segundo a polícia, a dupla fugiu levando R$ 3 mil em dinheiro, a arma do vigilante e pertences de uma funcionária que também estava no local.

A polícia afirma que o Marea apreendido era usado pelos bandidos nas ações criminosas. Segundo o delegado Amarildo Antunes, o carro era usado em levantamentos, em que os assaltantes colhiam informações sobre os estabelecimentos. O veículo também era utilizado nas fugas.

"Ao que tudo indica, eles fugiam inicialmente de moto e se dirigiam ao local onde haviam deixado o Marea, longe do ponto do assalto. Então, eles se separavam: um deles seguia de moto, enquanto o outro fugia com o carro, levando o dinheiro roubado e as armas usadas", explica Antunes.

Segundo o delegado, a tática empregada pelos bandidos visava driblar a polícia, em caso de abordagens. "Se a moto fosse parada, o assaltante não estaria com as armas nem com o dinheiro. Como o Marea não havia sido visto no local do crime, dificilmente seria abordado", disse.

Outros casos

Dois assaltos a banco já haviam sido registrados nesta semana, ambos na terça-feira (22). Um dos crimes ocorreu na agência do banco Santander, no bairro Fazendinha. Quatro homens armados roubaram dinheiro e uma arma calibre 38. Outro caso foi registrado na agência BB Mais, na Rua Comendador Araújo, no Centro. Dois homens invadiram o local, que funciona como correspondente bancário do Banco do Brasil.

Neste ano, já foram sete agências assaltadas. No dia 11 de março, a Gazeta do Povo mostrou que, além dos bancos, as joalherias também estão na mira dos bandidos neste início de ano. Este tipo de crime se intensificou a partir de novembro de 2010. Segundo o Cope, essas ações deixaram de ser exclusividade de assaltantes "especializados" nesta modalidade. Além disso, as investigações apontam falhas de procedimentos no que diz respeito à segurança dos estabelecimentos.

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