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Acidente

Após vistoria em catamarã, Crea-RJ suspeita de falha mecânica ou elétrica

Conselho deu dez dias para Barcas S.A. enviar laudo final sobre acidente. Acidente na manhã desta segunda (23), em Niterói, deixou 18 feridos

Depois de uma vistoria realizada na manhã desta segunda-feira (23) no catamarã Ingá II, que se chocou contra as pedras perto da estação Araribóia, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, fiscais do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ) suspeitam de que tenha ocorrido "uma falha mecânica ou elétrica".

Inicialmente, a concessionária Barcas S.A. havia informado que a embarcação tinha sofrido uma pane elétrica, mas em nova nota divulgada, nesta manhã, afirma que houve um problema eletrônico.

Durante a vistoria – que foi realizada no estaleiro da concessionária na Ilha da Conceição –, ficou constatado que a embarcação apresentava "uma profunda avaria no casco devido à batida". Em seguida, os fiscais do Crea-RJ se reuniram com representantes da Barcas S/A.

"Aparentemente, não encontramos nenhuma irregularidade. Demos um prazo de dez dias para a empresa encaminhar um relatório final da perícia e os documentos onde constam informações sobre a manutenção. A partir disso avaliaremos se está havendo negligência por parte da empresa", disse o supervisor de fiscalização do Crea-RJ, Kennedy Araújo.

Dezoito feridos

Ao contrário do que havia dito inicialmente - quando somente três pessoas tinham ficado feridas -, a concessionária Barcas S.A. informou em nota que 16 passageiros e dois tripulantes ficaram levemente feridos no acidente com o catamarã Ingá II.

A embarcação, com 376 passageiros a bordo, saiu da Praça Quinze às 7h50 desta segunda-feira (23). A Barcas S.A. diz ainda que o catamarã "atracou na pedras do Aterro do Gragoatá", perto de Niterói. Após ser puxada por outra embarcação, ele atracou na estação de Niterói e os passageiros puderam descer.

No entanto, de acordo com o Corpo de Bombeiros, 15 pessoas que estavam no Ingá II ficaram feridas. Elas sofreram ferimentos sem gravidade e foram socorridas por homens dos quartéis de Niterói e e Itaipu. Elas foram levadas para o Hospital Azevedo Lima e para o Centro Policlínico de Niterói

Em nota, a Capitania dos Portos, informou que uma equipe de inspetores foi designada para apurar o acidente. Será aberto um inquérito administrativo para saber as causas e as consequências do acidente. O resultado deverá sair em 90 dias.

Circulação volta ao normal

A concessionária Barcas S.A. informou que a travessia entre Rio e Niterói, na Região Metropolitana, já voltou ao normal e que o intervalo entre as barcas é de 15 minutos. A empresa informou ainda que não há mais filas na estação Araribóia, em Niterói.

Para reduzir o tempo de espera e o número de passageiros na estação, a concessionária colocou duas barcas extras, com capacidade para dois mil passageiros, cada, para fazer a travessia até a Praça Quinze, no Rio. Além disso, operam nesta linha dois catamarãs com capacidade para 1.300 passageiros, cada.

Das seis embarcações que fazem o trajeto Rio-Niterói, nesta segunda-feira (23), só quatro estão em operação. A embarcação Urca III, com um problema na bomba de óleo, foi tirada de circulação às 6h30. O catamarã Ingá II também foi tirado de circulação após o acidente.

A Agência reguladora de transportes, Agetransp, informou que instaurou processo regulatório sobre o incidente.

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