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Ministério Público investiga se há exploração de crianças em apresentações natalinas do banco | Antônio Costa/ Gazeta do Povo
Ministério Público investiga se há exploração de crianças em apresentações natalinas do banco| Foto: Antônio Costa/ Gazeta do Povo

Entidades privadas e governamentais ligadas à área de turismo e eventos participaram nesta segunda-feira (6) de uma reunião no Ministério Público do Trabalho do Paraná (MPT) para pedir mais informações a respeito da investigação do órgão sobre supostas casos de exploração do trabalho infantil no coral de Natal do HSBC.

Em nota, o MPT e o Ministério do Trabalho e Emprego afirmaram que ressaltaram às entidades que não têm a intenção de acabar com o espetáculo, mas de realizar adequações.

A preocupação das empresas do setor de turismo encontra respaldo nos números. Segundo dados do Instituto de Turismo de Curitiba utilizados pelo Curitiba Convention & Visitors Bureau (CCVB), entidade da iniciativa privada que auxilia o desenvolvimento turístico da capital e região, os turistas que vêm nos dias que antecedem o Natal ficam mais tempo do que em outras épocas do ano. Dessas pessoas, 48% vêm especificamente para os eventos natalinos. "O Natal do HSBC é um fomentador do turismo na cidade. É o carro-chefe de muitas campanhas", fala Daria Paixão, presidente da CCVB.

Paixão diz que essa atenção dos meios jurídicos com os projetos sociais é saudável. "Não somos contra isso, deve existir mesmo. Nenhum trade turístico e nenhum cidadão é contra o coro também. Não queremos que as apresentações prejudiquem a saúde e a educação das nossas crianças, mas também não podemos perder um evento como esse no Natal."

Ele explica que se os espetáculos pararem ou diminuírem o setor todo irá perder muito, pois é um atrativo a menos em um período que a cidade não tem muitos eventos.

Opinião semelhante tem o vice-presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP) e coordenador do programa Centro Vivo, Jean Michel Galiano. "Todos os resultados de projetos como o próprio Centro Vivo têm tendência de voltar atrás se algo acontecer com o Natal do HSBC. Acabaria sendo um retrocesso e mais uma vez Curitiba daria um passo atrás." De acordo com Galiano, o número de vendas noturnas nos dias de espetáculo aumenta de 15 a 20%. "O impacto das apresentações é um acréscimo de consumo a ponto das lojas se organizarem para atender as pessoas que vão assistir ao show e sempre acabam consumindo. É tão importante que a ACP está fazendo um projeto para que nos bairros tenha algo parecido", afirma o vice-presidente.

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