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Sensibilizada com os ataques de Israel ao Líbano, a colônia árabe de Foz do Iguaçu refutou ontem a tentativa do governo norte-americano de atingir a tríplice fronteira por meio da moção aprovada pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. O presidente do Centro Cultural Beneficente Islâmico, Zaki Moussa, diz que a colônia árabe de Foz está sendo sufocada com a guerra no Líbano e pelos discursos norte-americanos. "O governo brasileiro tem de chamar a atenção dos americanos. Nós somos brasileiros e nos sentimos injustiçados."

Moussa diz que os lares dos mulçumanos da cidade estarão abertos caso o governo norte-americano faça uma investigação séria para detectar a presença de terroristas na região. Ele salienta que na colônia há pessoas que cultuam líderes religiosos, como também na América Latina há simpatizantes de Che Guevara e Fidel Castro. No entanto, descarta a idéia de que há mulçumanos extremistas vivendo em Foz do Iguaçu e no Paraguai. "Os americanos têm de pagar pela calúnia e difamação. Eles estão sendo irresponsáveis", diz.

Para Moussa, a atitude dos Estados Unidos explica-se por que o país tem a intenção de dominar pontos importantes do mundo, incluindo a tríplice fronteira, região com potencial de água, energia e comércio. Os árabes seriam usados como desculpa para os americanos justificarem sua presença na região.

Quanto às remessas de dinheiro para o Líbano e outros países do exterior, Moussa diz que o envio de dinheiro é feito para pagar fornecedores de mercadorias e ajudar a família, atitude comum a qualquer imigrante. Segundo ele, árabes que vivem nos Estados Unidos, Canadá e outros países também mandam dinheiro para os parentes. (DP)

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