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A presença de policiais militares à paisana nas linhas mais violentas de Curitiba desde 2002 diminuiu o número de furtos, assaltos, agressões e arrastões em 70%, segundo o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba (Sindimoc). Enquanto a situação melhora na capital, nos municípios da região metropolitana de Curitiba (RMC) o quadro se agrava a cada dia. Com o trabalho da Polícia Militar na capital, os assaltantes têm migrado para as principais linhas da RMC.

Neste ano, segundo levantamento feito pelo Sindimoc junto às empresas de transporte coletivo, a média foi de 84 assaltos a ônibus metropolitanos por mês, o que indica um crescimento de 10% em relação a 2005. No ano passado, a média foi de 76 ocorrências mensais. Entre 1.° de janeiro a 31 de agosto deste ano, o sindicato contabilizou 676 assaltos a ônibus na RMC. Durante todo o ano passado, foram 922 casos.

"Na região metropolitana a barra sempre foi pesada, mas agora está pior. Principalmente depois que as ocorrências diminuíram em Curitiba", define João Carlos Mesquita, diretor do Sindimoc. "Em Campo Largo, estão agredindo motoristas e cobradores. Dão tapa na cara e ameaçam com revólver." Mesquita cita como exemplo a Viação Tamandaré, de Almirante Tamandaré. "Em 2005, foram 182 assaltos. Neste ano, só até agosto, já foram 242." De acordo com a empresa, as linhas mais perigosas são Vila Prado, São Francisco, Jardim Gianini, Jardim Prado e Jardim Monte Santo.

Além de o número de ocorrências ter aumentado, a violência por parte dos assaltantes também cresceu. "Está cada vez mais violento", revela o gerente operacional da Auto Viação São José dos Pinhais, Luís Carlos Pauletto. "Só na semana passada, tivemos dois assaltos. Eram quatro pessoas, três delas armadas", diz.

Segundo o operador de tráfego da Campo Largo, com 12 linhas na RMC, Cléverson César de Oliveira, não há mais horários fixos para as ocorrências. "Antes, era mais durante a noite. Mas, nas últimas semanas, tivemos assaltos às 5h30 e às 10 horas da manhã", diz.

Um dos problemas, segundo o diretor do Sindimoc João Carlos Mesquita, é que muitos assaltantes são presos e depois liberados. Além disso, muitos deles são adolescentes. "Há duas semanas, prenderam 15 assaltantes. Mas já estão todos na rua", afirma.

O major Douglas Sabatini Dabul, seção de planejamento do Comando de Policiamento da Capital, da Polícia Militar, diz que vêm sendo realizadas operações conjuntas na RMC, que envolvem as equipes das Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) e da Companhia de Choque. "Estamos fazendo várias abordagens. Além dos furtos, há o problema de pessoas que saem de bailões e promovem quebra-quebras", afirma. Segundo ele, não é possível revelar o efetivo do serviço velado da PM ou os locais em que os policiais atuarão nos próximos meses, por uma questão estratégica.

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