Proposta
Conheça quais os termos do acordo sugerido pela magistrada Ana Carolina Zaina a patrões e trabalhadores:
1. Manutenção da data-base da categoria em 1º de fevereiro;
2. Reajuste pelo INPC de 5,26%, além de ganho real de 3,82% perfazendo reajuste de 9,28%. A diferença da soma entre os porcentuais se dá devido ao impacto do ganho acima da inflação;
3. Abono real de R$ 300 em parcela única a ser pago em abril de 2014. Esse abono, antes, era dividido em duas vezes;
4. Cesta Básica com reajuste de 10,5% - passando para R$ 331,50.
De surpresa
A audiência de ontem não estava nos planos nem de empregados nem de empregadores, mas ocorreu após um pedido da prefeitura ao TRT-9.ª para que a sessão para quinta-feira pós-carnaval fosse antecipada. O pleito foi motivado pela obstrução do terminal do Pinheirinho pelos grevista na noite de quinta-feira.
A greve de motoristas e cobradores de ônibus, iniciada na última quarta-feira, poderá acabar neste sábado. Isso depende dos trabalhadores aceitarem, em assembleia agendada para às 9h30 de hoje, uma proposta da magistrada Ana Carona Zaina para reajuste de 9,28%. As empresas de ônibus aceitaram o porcentual e também concordaram em não descontar os dias parados de quem aderiu à greve. Nos dois últimos dias, metade da frota circulou nos horários e 30% nos demais horários, cumprindo uma determinação judicial.
A determinação da magistrada ocorreu durante a terceira audiência conciliatória realizada no Tribunal Regional Eleitoral da 9.ª região (TRT-9.ª), que contou com a participação da vice-prefeita Miriam Gonçalves. Pela proposta nova proposta, o salário dos cobradores passará de R$ 940 para R$ 1.027. Já o dos motoristas subirá de R$ 1.660 para R$ 1.814.
Se depender das declarações dadas pelos dois lados da negociação após a audiência, cresce a possibilidade do fim da greve neste sábado. "Mesmo aquém da reivindicação que vinha sendo feita pelos trabalhadores, entendemos que possa ser uma proposta boa para a categoria com um ganho real muito maior que algumas categorias", disse Anderson Teixeira, presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc).
Já o empresário Dante Fraceschi disse que o reajuste e demais cláusulas sugeridos pela magistrada Ana Carolina foram aceitos pelas empresas de ônibus. "Da nossa parte foi aceita integralmente, inclusive o não desconto dos dias parados. Agora depende dos trabalhadores".
A volta de motoristas e cobradores ao trabalho, entretanto, ainda está condicionada à decisão que será tomada por quem for à assembleia de logo mais, na Praça Rui Barbosa, no Centro de Curitiba. Na tarde de ontem, alguns trabalhadores e lideranças sindicais estiveram reunidos no local mas o encontro não deliberou sobre a proposta.
Após a audiência conciliatória, a vice-prefeita Miriam Gonçalves disse que espera uma repactuação do subsídio pago pelo governo do estado para que o usuário do transporte coletivo não acabe pagando a conta desse reajuste. "Ainda não há uma definição a esse respeito [reajuste da tarifa]. A prefeitura está assumindo hoje o compromisso de pagar esse reajuste aos trabalhadores. Mas acreditamos ser correto que o governo do estado contribua com valores mais expressivos".
O governador Beto Richa anunciou ainda na semana passada que o subsídio será renovado pelo mesmo valor mensal do ano passado: R$ 5 milhões mensais. Presentes na audiência, representantes da Comec, órgão estadual responsável pela coordenação da região metropolitana, também estiveram na audiência de ontem e reafirmaram o que já haviam dito: "o subsídio garantido é o anunciado pelo governador", disse Carlos do Rego Almeida Filho, diretor de transportes do órgão.
Justiça suspende norma do CFM que proíbe uso de cloreto de potássio em aborto
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil
STF estabalece regras para cadastro sobre condenados por crimes sexuais contra crianças
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
Deixe sua opinião