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Os policiais militares da reserva fizeram um desabafo, na sexta-feira (24), contra a atitude do secretário de segurança pública, Luiz Fernando Delazari, de afastar dois policiais do comando da PM depois do confronto ocorrido na reintegração de posse do terreno invadido no bairro Fazendinha, em Curitiba.

A ação da polícia, na qual quatro pessoas ficaram feridas e três foram presas, determinou o afastamento do comandante do Policiamento da Capital, coronel Carlos Alexandre Scheremeta e do comandante do 13.º Batalhão da Polícia Militar (PM), major Flavio Correia. Na sexta-feira, um grupo de policiais da reserva distribui folhetos criticando a atuação do secretário.

Para o presidente da Associação de Defesa Direitos dos Policiais Militares Ativos, Inativos e Pensionistas, coronel Elizeu Ferraz Furquim, o afastamento ordenado por Delazari é arbitrário e ultrapassou os limites do bom-senso. "Foi uma falta de responsabilidade o que foi feito. Ele desrespeitou toda a hierarquia da corporação", reclamou. "Não esperaram nem a conclusão do inquérito policial para, só depois, determinar ou não os afastamentos", lembra.

Segundo o coronel, grande parte da corporação está descontente com a forma de agir do secretário. "Um oficial para chegar ao posto de coronel precisa de anos de estudos. São quase trinta anos de carreira. (Delazari) está indo contra os interesses da população", afirma.

Um manifesto de protesto deve ser elaborado pelo sindicato e entregue ao governador Roberto Requião e ao secretário, com assinaturas de policiais. Na Secretaria de Segurança Pública, ninguém comentou as reclamações do sindicato.

A decisão de afastamento dos oficiais foi tomada, após serem divulgadas as imagens da reintegração de posse ocorrida durante a manhã de quinta-feira (23), no bairro Fazendinha. Na ação da polícia, um policial disparou contra a imprensa e acertou um tiro de bala de borracha no rosto do cinegrafista Anderson Leandro da Silva.

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