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Curitiba

Ataque a bar foi motivado por disputa pelo tráfico, diz polícia

Alvo seria um homem acusado de integrar uma quadrilha. Um guarda municipal e um jovem de 18 anos que estavam no estabelecimento também foram baleados

Um ataque ocorrido na noite de quarta-feira (20), contra um bar na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), foi motivado pela disputa pelo tráfico de drogas na região. De acordo com informações da Delegacia de Homicídios (DH), o alvo do atentado era Rodrigo Oliveira Leal, que saiu da prisão no início de julho. Ele foi baleado no braço e na perna, mas não corre risco de morte. Outras duas pessoas que estavam no bar foram atingidas por disparos, entre elas um agente da Guarda Municipal.

"Tanto o guarda municipal quanto o outro homem foram atingidos por acaso. O alvo dos bandidos era Rodrigo [Leal]", disse a delegada Aline Manzatto. Segundo a polícia, Leal saiu da cadeia no dia 7 de julho, depois de cumprir nove meses de prisão por tráfico. Ele é suspeito de envolvimento em homicídios ocorridos na CIC.

O crime ocorreu por volta das 20 horas, quando dois homens chegaram em uma moto e invadiram o bar, que fica na Rua Pedro Gusso. A dupla efetuou vários disparos e, em seguida, fugiu. Até o fim da tarde desta quinta-feira (21), nenhum suspeito havia sido localizado.

O guarda municipal foi identificado como Gérson Honorato Marciano, de 47. Encaminhado ao Hospital do Trabalhador, o estado de saúde dele era considerado gravíssimo nesta quinta-feira (21). Fábio Schauer Nunes, de 19 anos, foi alvejado nas costas e, segundo a assessoria de imprensa do Hospital Evangélico, tem quadro clínico estável. "O guarda municipal tinha acabado de sair do serviço. Nunes havia ido ao bar para marcar uma partida de futebol. Eles não conheciam Leal", afirmou o superintendente da DH, Ediu Fernandes.

Guerra do tráfico

Após ser atingido pelos disparos, Leal foi encaminhado ao Hospital no Trabalhador, mas está fora de perigo. Para o superintendente da DH, o ataque tem relação direta com a disputa pelo controle de tráfico de drogas na CIC. A polícia apurou que Leal seria integrante da quadrilha de Diandro Cláudio Melanski, apontado como um dos cabeças do tráfico na região e que está foragido.

Segundo a DH, Melanski integrava o grupo de Éder Conde, conhecido como o "Fernandinho Beira-Mar de Curitiba", condenado a mais de 22 anos de reclusão. Com a prisão de Conde, duas quadrilhas passaram a disputar pontos de tráfico na CIC. No primeiro semestre, 56 pessoas foram assassinadas naquele bairro. A polícia estima que cerca de 80% das mortes estejam relacionadas às drogas.

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