Famílias vítimas de crimes ainda não esclacrecidos fizeram um ato, na tarde deste domingo (31), na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O protesto intitulado de Marcha contra a Impunidade foi criado pela Organização Não Governamental Rio de Paz. Segundo a coordenação do movimento, cerca de 800 pessoas participaram da caminhada na orla.
Os organizadores do ato distribuíram máscaras com o rosto da engenheira Patrícia Amieiro Franco, desaparecida desde 2008, e do menino Juan, morto após uma operação policial na comunidade onde morava, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, em junho. Em ambos os casos, os acusados pelos crimes são policiais militares.
Três mil rosas e cruz na areiaOs manifestantes explicaram que o protesto também teve como objetivo atrair a atenção da população para as mais de 30 mil mortes violentas que aconteceram no Rio, nos últimos quatro anos. O grupo reivindica o julgamento e a punição para os assassinos do menino Juan e a manutenção da investigação em casos de auto de resistência, como são chamadas as mortes em confronto policial.
Ao final da marcha, os participantes se reuniram na Praia de Copacabana, na altura da Avenida Princesa Isabel, onde depositaram três mil rosas e fincaram uma cruz de cinco metros de altura. Segundo os organizadores, o número de rosas fincadas na areia corresponde a 10% dos homicídios ocorridos no período entre 2007 e 2011, no Rio.
A Ong Rio de Paz informou que participaram da Marcha contra a Impunidade, os pais da engenheira Patrícia Amieiro, os parentes do menino João Roberto, morto por policiais em 2008, além do pai da estudante Gabriela Prado. A menina morreu em 2003, vítima de bala perdida, após um tiroteio entre criminosos e policiais, na saída da estação do metrô São Francisco Xavier, na Zona Norte do Rio.
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