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A audiência de instrução e julgamento da procuradora aposentada Vera Lúcia de Sant’Anna Gomes, acusada de torturar a menina de 2 anos que pretendia adotar, acontece a portas fechadas, na manhã desta sexta-feira (11), na 32ª Vara Criminal, no Rio.

Vera entrou pela porta dos fundos.

A pedido do Ministério Público e dos advogados da ré, a audiência para que as testemunhas de acusação e de defesa sejam ouvidas será realizada a portas fechadas.

O objetivo, de acordo com o pedido deferido pelo juiz Mario Henrique Mazza, é preservar as testemunhas, para que tenham tranquilidade e segurança para prestar suas declarações.

Segundo o advogado de defesa Jair Leite Leite, ele pretendia apresentar uma negação de autoria, mas vai alegar que se trata de um caso de maus-tratos.

"Vou aguardar o depoimento das testemunhas, mas meu objetivo é mostrar que a classificação deve ser por maus-tratos, quando há exagero na educação. Isso seria no máximo maus tratos", disse ele.

Devem ser ouvidas oito testemunhas de acusação e seis de defesa.

Vera Lúcia está presa preventivamente desde o dia 13 de maio numa cela especial na unidade feminina do presídio Nelson Hungria, o Bangu 7, na Zona Oeste. Durante uma entrevista à TV Globo, a procuradora negou as acusações de tortura.

O ministro da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Napoleão Nunes Maia Filho, negou na terça-feira (8) habeas corpus à procuradora. A decisão do ministro é liminar e a Quinta Turma do STJ ainda terá de analisar o mérito do pedido de liberdade. Isso acontecerá depois que o Ministério Público Federal opinar sobre o pedido. Antes disso, não é possível recorrer da decisão de terça-feira.

Entenda o caso

A procuradora aposentada Vera Lúcia Gomes foi acusada por ex-empregados de torturar a menina de 2 anos que pretendia adotar. Numa gravação feita pelos funcionários, ela aparece chamando a criança de "vaquinha" e afirmando que sua mãe era uma prostituta. Após uma denúncia ao conselho tutelar, a menina foi encontrada com hematomas que comprovavam que ela sofria agressões constantes.

Ao final do inquérito policial, a Justiça decretou, então, a prisão de Vera Lúcia Gomes, que ficou mais de uma semana foragida até se entregar.

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