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Frota atual é mesma desde 1975, com 2.252 táxis | Henry Milleo/ Gazeta do Povo
Frota atual é mesma desde 1975, com 2.252 táxis| Foto: Henry Milleo/ Gazeta do Povo

Urbs investigou apenas 14 táxis em Curitiba

A Urbanização de Curitiba S/A (Urbs) realizou audiência pública para definir o edital de licitação para novos táxis na capital sem ter resolvido os vícios do atual sistema de licenças. O órgão municipal tinha prometido fazer um recadastramento dos 2.252 autorizatários (a quem as placas são cedidas) para detectar possíveis irregularidades, como pessoas com mais de uma permissão, por exemplo. Quem não estivesse adequado à legislação, teria a autorização cassada.

O anúncio foi feito em março, após a Gazeta do Povo revelar a existência de um mercado paralelo de placas e o arrendamento de táxis, contrariando as normas do serviço. As denúncias envolviam médicos, advogados e funcionários públicos que detinham concessões, apesar de não dirigirem os carros. Mas, apesar dos indícios, o pente-fino não foi feito até agora.

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A quantidade de táxis em Curitiba diminuiu na noite desta quinta-feira (4). Mais de mil pessoas, a maioria das quais taxistas, participaram de audiência pública no salão de atos do Parque Barigui, para definir o edital de licitações de novos veículos na capital. Com a presença de muitos motoristas no evento, a oferta de veículos nas ruas diminuiu a partir das 19h, quando a audiência teve início.

A reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato, a partir das 20h, com cinco empresas de táxis, para estimar o volume de atendimento. Três delas admitiram estar com a frota reduzida por conta da audiência, outra declarou que a "fila" de espera chegava a 20 clientes, e em uma delas o sistema telefônico esteve ocupado nas três tentativas de pedido.

Na tarde desta quinta, as empresas já se preparavam para uma possível redução no volume de carros. A empresa Rádio Táxi Curitiba informou que as atendentes já estavam preparadas para uma queda brusca na oferta de veículos a partir das 19h.

Posição dos taxistas

Alguns motoristas afirmaram, na tarde desta quinta, que não iriam participar da audiência. Mas a maioria reconheceu que grande parte dos colegas decidiu ir ao evento e o risco de faltar carros era grande. "Eu mesmo vou continuar trabalhando, pois já participei de outras mobilizações e a gente fica sempre sem resposta. Mas eu sei que vai ter muita gente lá", avalia o taxista Jackson da Silva.

Outro motorista, Aladir Marques, também confirmou que boa parte dos trabalhadores deve comparecer à audiência, e garantiu sua presença. "É o momento mais importante para a categoria nos últimos anos, tenho certeza que vamos comparecer em massa", declarou.

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