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O número oficial de pessoas dadas como desaparecidas em conseqüência das chuvas, enchentes e deslizamentos de terra que assolaram Santa Catarina na última semana chegou a 31 ontem, mas pode ser ainda maior. De acordo com as informações da Defesa Civil do Estado, sete pessoas estão desaparecidas em Blumenau, nove em Gaspar, 14 em Ilhota e uma em Luiz Alves. Os registros de desaparecimentos passaram de 19 para 31 em um dia.

Porém, segundo informações obtidas ontem com prefeituras, comandos do Corpo de Bombeiros e equipes da Defesa Civil municipal, pelo menos 84 pessoas estão desaparecidas apenas em seis municípios atingidos pelas cheias.

O Centro de Operações da Defesa Civil de Santa Catarina diz que há dificuldades para centralizar informações e admite que esse número deve aumentar. "O número de desaparecidos deve ser ainda maior. Em Ilhota, Luiz Alves, Blumenau e Itajaí, especialmente na zona rural, há diversos pontos inacessíveis para resgate", assume o chefe do Centro de Operações da Defesa Civil do Estado, Edemilson Irineu Corrêa. "Pode levar semanas para sabermos exatamente quantos são os desaparecidos – ou para encontrá-los. E ainda não estamos na fase de vasculhar locais soterrados, mas de prestar socorro a vítimas e assistência nos abrigos."

De acordo com o comandante dos Bombeiros Voluntários e agente da Defesa Civil de Ilhota, Paulo Vilmar Batista, a diminuição das chuvas intensas e a conseqüente volta para casa das pessoas também pode aumentar o registro dos desaparecidos. "Muitas pessoas não conseguiam se comunicar e achavam que o parente ou amigo estava em um abrigo. Com a autorização para voltar às casas, elas se dão conta de que alguém pode estar desaparecido", afirma.

O crescente número de óbitos atrasa a liberação do nome dos desaparecidos. De acordo com um funcionário da Defesa Civil, a Polícia Militar solicitou que se faça a identificação dos óbitos da tragédia antes de informar o nome e idade dos desaparecidos. Os nomes devem ser divulgados até o fim da semana.

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