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Recentemente o Corolla, um dos carros mais vendidos na Europa e nos Estados Unidos, apresentou problemas de aceleração, causado supostamente pelo tapete, que impediria o retorno do pedal. No entanto, mesmo com a troca de tapetes, a aceleração demasiada teria continuado a ocorrer em alguns veículos.

Para especialistas, a identificação de falhas mecânicas está se tornando cada vez mais complexa devido ao uso de componetes eletrônicos complexos.

De acordo com a chefe da Divisão Técnica do Instituto de Criminalística de Curitiba, Joice Malakoski, a eletronização dos veículos tornou os procedimentos de análise mais complicados. "Antigamente, tudo era muito lógico, muito visual. Bastava bater o olho que se encontrava as razões. Até por isso havia muitos especialistas em mecânica", explica.

Nos últimos dez anos, contudo, a evolução da eletrônica na programação dos veículos impede esse tipo de investigação. "A técnica de reparo e de análise deve acompanhar a desenvolvida e usada no veículo. Se antes bastava olhar, agora você precisa conectar um detector de falhas, que geralmente indica um erro", opina Joice.

Ela não acredita que qualquer montadora usaria qualquer tecnologia sem o mínimo de controle. Técnicos consultados pela reportagem, que falaram sob a condição de anonimato, afirmam ser praticamente impossível um ônibus perder dois ou mais sistemas ao mesmo tempo, como a frenagem e a direção. Como a direção, freios e acelerador são independentes, mesmo que um falhe, o outro continua funcionando.

No acidente, o motorista José Aparecido Alves relatou que tentava frear e não conseguia. Mas não sabia se o freio estava estragado ou se não vencia a potência da aceleração.

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