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Acordo - TAM pagou indenizações a 13 famílias de vítimas

São Paulo – A TAM pagou 13 acordos de indenização a familiares de vítimas do vôo 3054, que caiu no dia 17 de julho deste ano deixando 199 mortos. O avião da empresa não conseguiu pousar no Aeroporto de Congonhas, zona sul de São Paulo, e caiu sobre o galpão da TAM Express.

Em balanço divulgado ontem abordando assistência às vítimas, a empresa informou ainda que outros seis acordos estão em fase final de conclusão, e portanto, ainda não foram pagos.

A TAM informou ter adiantado o pagamento de cerca de R$ 3,8 milhões em indenizações para os familiares das vítimas do acidente. O valor corresponde ao pagamento de R$ 30 mil a cada uma das 125 famílias atendidas. A título de seguro, 90 familiares receberam cada um R$ 14.833,23, num total aproximado de R$ 1,3 milhões.

Entre os gastos tidos com o acidente a TAM contabilizou a emissão de 2.915 passagens aéreas emitidas em nome de familiares dos mortos; R$ 5,3 milhões gastos com hotéis, alimentação e telefone; e R$ 1,9 milhão gasto com serviços funerários (translado terrestre, flores, embalsamamento e jazigo).

Ainda segundo a TAM, desde o acidente, a empresa pagou 7.000 horas de atendimento psicológico e concedeu planos de saúde com duração de dois anos a 493 pessoas.

O diretor financeiro e de relações com investidores da TAM, Líbano Miranda Barroso, afirmou ainda que o seguro que a empresa mantém com o Unibanco AIG cobrirá todos os custos da companhia com a tragédia, com exceção de um acordo fechado com os familiares das vítimas e que prevê o pagamento de seguro saúde. O acordo terá um custo de R$ 7 milhões para a companhia.

Salvador – Os empresários de turismo da Bahia comemoraram a decisão do ministro da Defesa, Nelson Jobim, de ampliar de mil para 1,5 mil quilômetros o raio dos vôos partindo do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, entre 1.º de dezembro e 15 de março.

De acordo com o gerente-executivo da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira da Bahia (Abih-BA), Luiz Blanc, a decisão é benéfica para que as empresas do setor no estado aproveitem o verão para "fazer caixa" e se preparar para o caso de a proibição voltar a valer depois da alta temporada. A Abih estima que a restrição dos vôos partindo de Congonhas, tomada no mês passado, tenha feito o fluxo de turistas no estado diminuir 30%.

Segundo cálculos das companhias aéreas, a Bahia deixou de receber 15 mil turistas em um mês por causa da decisão – os aeroportos do estado tiveram redução de 28 vôos diários, 14 partidas e 14 chegadas. Se a restrição fosse mantida na alta temporada, a diminuição do fluxo de turistas poderia chegar a 35 mil por mês. Segundo dados da Secretaria de Turismo da Bahia, 60% dos turistas que chegam à Bahia têm como última procedência São Paulo.

A ministra do Turismo, Marta Suplicy, elogiou ontem a decisão de aumentar para 1.500 quilômetros a distância máxima a ser percorrida pelos aviões com partidas e chegadas em Congonhas durante a alta temporada. No início de outubro, Marta conversou com Jobim sobre o impacto que a redução dos vôos regulares e charter tinha para o turismo do Nordeste. Segundo ela, a decisão é muito importante para o turismo, uma atividade econômica vital no país.

"Os novos limites vão facilitar o turismo na alta temporada para estados agora beneficiados, como Mato Grosso, Tocantins e Bahia. Com essa decisão, também melhoram as ligações com outros destinos turísticos", disse Marta.

Jobim atribuiu a decisão de ampliar a distância máxima de vôos a ser percorrida a partir de Congonhas à queda de 50% das reservas nos hotéis baianos. Segundo o ministro, a inexistência de vôos diretos a partir de São Paulo estava provocando graves problemas no setor hoteleiro, que já estava demitindo pessoal, justamente numa época em que a expectativa era de contratações e expansão dos negócios. Segundo Jobim a decisão foi tomada depois de conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os presidentes das empresas aéreas.

Jobim pediu às companhias que a malha que está sendo desenhada para entrar em vigor já inclua opções, a partir de Congonhas para Ilhéus, Porto Seguro e Salvador, cidades turísticas que estavam sendo prejudicadas com a decisão anterior.

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