No segundo dia da Expedição ao Rio Iguaçu havia dois desafios a serem vencidos: o cheiro e conseguir se movimentar com tanta roupa.
O cenário
O dia amanheceu frio e com garoa quando a Expedição começou a percorrer o trecho do Iguaçu que corta Curitiba. Isso ajudou a compor o cenário desolador.
O pantaneiro
Além de toda a roupa necessária para se proteger do frio, a equipe usou salva-vidas, capacete (para proteção em caso de uma queda), máscara e um nada bonito, mas bem útil, macacão pantaneiro. Ivã Avi, responsável pelo apoio logístico à expedição, sugeriu que à reportagem o uso desse "modelito" para evitar qualquer contato com a água poluída do Iguaçu. Para quem não conhece, você calça a bota e ela se prolonga quase até o pescoço (depende muito do tamanho de quem usa).
As máscaras
Para a navegação, além de nós, um bote, dois remadores, nosso consultor, Tom Grando, e o biólogo Adilson Brito, que filmou a expedição. Já sabendo o que viria pela frente, Grando pediu que usássemos uma máscara. Para poder afirmar com certeza que o cheiro é muito forte, decidi começar a navegar sem essa proteção. Mesmo tendo uma boa resistência, chegou um momento em que ficou insuportável continuar sem a máscara.
Neguinha
No fim do trajeto, ao descer do bote, fomos "atacados" pela Neguinha. A cadelinha nervosa avançou ao perceber que estávamos invadindo sua casa, já que ela vive debaixo da ponte com o seu dono, Aroldo. Ele, agradecido, chora ao falar da fidelidade da Neguinha.
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