
Maringá - A história de Rafael, um bebê de 8 meses, de Tapira, cidade de 5,8 mil habitantes no Noroeste do Paraná, poderia ter terminado de forma trágica se não fosse a mobilização da comunidade. Rafael foi levado da creche onde passa o dia enquanto os pais trabalham no corte da cana-de-açúcar, na tarde de quinta-feira, por uma mulher que se dizia tia dele.
A população, ao saber do sequestro, imediatamente saiu à caça da forasteira, que foi encontrada com a criança já na rodovia, onde pretendia conseguir carona. "Fiquei desesperada. Achei que nunca mais fosse ver o meu menino", desabafa a mãe dele, Franciane Trindade Valim, de 20 anos.
Até o prefeito ajudou nas buscas. Depois do expediente, ele foi ao local, colocou Franciane em seu carro e tomou a direção que supostamente a mulher teria seguido com Rafael. Encontraram apenas o carrinho de bebê que a sequestradora também havia levado.
Mas o grande herói da história foi o funcionário da Sanepar Gerson Alves da Silva. Ele saiu com seu carro por uma estrada vicinal em direção à rodovia, onde encontrou uma suspeita com um bebê nos braços, por volta de 19 horas. Ele tirou Rafael da mulher, obrigou-a a entrar no carro e levou os dois à delegacia. "Fiquei com medo de ser uma quadrilha e que tivesse alguém ali por perto", conta.
Marciana dos Santos Santana foi autuada em flagrante por sequestro de incapaz e por falsidade ideológica. Ela está presa na Delegacia de Nova Olímpia.
Passado o susto, Franciane ainda não decidiu se Rafael vai voltar a frequentar a creche, e agora só quer curtir o filho. "Olho para ele e fico imaginado o que passou na mão daquela mulher. Quero ficar sempre perto dele", disse.



