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Entre 2003 e 2009, quase 168 mil livros e periódicos foram doados – cerca de 24 mil volumes por ano – para a Biblioteca Pública do Paraná (BPP). Assim como ocorre nos museus, todas as doações são avaliadas. Após a triagem, exemplares repetidos ou que têm grande reserva são repassados para outras bibliotecas do estado, escolas ou associações. O diretor da BPP, Cláu­­dio Fajardo, conta que, do total recebido, 36,3 mil títulos (21,6%) ficaram na BPP, o restante foi encaminhado para outros locais.

No mesmo período, a biblioteca investiu R$ 62 mil na compra de obras, o equivalente a cerca de 2,5 mil novos livros. "Boa parte do nosso acervo é formada por doações", afirma Fajardo. A maior parte vem de pessoas anônimas que deixam os livros na portaria. Poucas pessoas são figurinhas carimbadas, que aparecem com regularidade para deixar obras na BPP. Entre elas estava o crítico literário Wil­son Martins, falecido em janeiro passado e que era colunista da Gazeta do Povo. "Todo mês ele aparecia para doar os livros que ele lia", conta Fajardo.

O jurista e professor Sansão José Loureiro, 76 anos, também é lembrado. Ele calcula que tenha doado cerca de 5 mil títulos nos últimos 40 anos. "É um negócio meio egoísta ter livros em casa. Estando na biblioteca, existe a chance de várias pessoas terem acesso às obras", considera Loureiro. "Não se erra quando se faz a doação (na BPP). Se não serve lá, vai para outra biblioteca", diz o jurista. (JO)

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