Cerca de 30 homens do Corpo de Bombeiros passaram a madrugada desta segunda-feira (6) acampados em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), em mais um ato de protesto. A categoria, que reivindica aumento de salário e melhores condições de trabalho, também pede a libertação dos cerca de 400 militares que foram presos após invadirem o quartel central da corporação, no centro da cidade, no fim de semana.
Em nota oficial divulgada no domingo (5), o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, voltou a repudiar o ato, classificando a entrada à força na unidade como "um gesto de imensa irresponsabilidade".
Ontem, um grupo de aproximadamente 50 bombeiros realizou nova manifestação, caminhando em uma das faixas da Ponte Rio-Niterói. O grupo, que carregava faixas e cartazes, desceu de um ônibus e iniciou a marcha na altura do vão central. Após cerca de dez minutos, o protesto foi interrompido com a chegada de um veículo da concessionária responsável pela via. O grupo seguiu viagem no coletivo.
Na manhã desta segunda-feira (6), representantes da Associação de Soldados e Cabos do Corpo de Bombeiros, se reúnem na sede da entidade para analisar em que crimes os 439 bombeiros foram enquadrados e que medidas serão tomadas para soltar os militares presos.
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