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Nos últimos 12 meses cerca de 2,8 milhões de brasileiros consumiram cocaína. Nesse universo estão os que a inalaram, os que a injetaram e os que a fumaram em suas mais diversas formas – crack, óxi e merla (obtido a partir da pasta da folha de coca). Desse total, quase a metade, 48%, tornou-se dependente. Os dados constam do 2.º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas – o Uso de Cocaína e Crack no Brasil, divulgado pelo Instituto Nacional de Ciências e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e outras Drogas, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

A pesquisa constatou que atualmente há mais pessoas viciadas em cocaína e em crack do que em maconha. São 1,4 milhão contra 1,3 milhão de dependentes. "O usuário da cocaína inalada não é tão visto como o de outras drogas. Eles não costumam consumir a droga em público, como fazem os de de maconha ou os de crack. Não há uma "cocainolândia"", afirmou o organizador do estudo, o psiquiatra da Unifesp Ronaldo Laranjeira.

Os pesquisadores cruzaram os dados com informações de pesquisas internacionais e constataram que o alto consumo da cocaína no Brasil deixa o país como o segundo maior consumidor desse entorpecente no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, que teve 4,1 milhões de usuários nos últimos 12 meses. "É a primeira vez que medimos o uso da cocaína e nos surpreendemos ao ver que quase 3 milhões de pessoas consumiram a droga recentemente", disse Laranjeira.

Jovens e frequência

Outro dado que preocupou os pesquisadores é a idade de experimentação da droga. Dos entrevistados, 45% disseram que usaram cocaína pela primeira vez antes dos 18 anos. "Quanto mais cedo o uso, maior a chance de a pessoa ficar viciada", afirmou a coordenadora do levantamento, Clarice Madruga. Quase um terço dos usuário relatou ainda que usa a droga duas ou mais vezes por semana.

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