O presidente Jair Bolsonaro falou sobre as acusações de possível facilitação para liberar recursos do Ministério da Educação (MEC) durante a live desta quinta-feira (24). Ele defendeu o ministro Milton Ribeiro e disse que o chefe da pasta da Educação tomou as providências necessárias. “Eu boto a minha cara no fogo pelo Milton. Estão fazendo uma covardia com ele”, disse o presidente.
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Sobre o suposto tráfico de influência, Bolsonaro afirmou ainda que os prefeitos que teriam recebido os pedidos de vantagens indevidas devem ser ouvidos pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República e terão de apresentar as provas das acusações contra os pastores.
Bolsonaro também ressaltou que as suspeitas envolvendo o MEC foram levadas por Ribeiro à Controladoria-Geral da União (CGU) em 27 de agosto de 2021. De acordo com o presidente, a investigação da CGU durou seis meses e não encontrou nenhuma irregularidade com participação de servidores públicos. Por esse motivo, as peças foram encaminhadas para a Polícia Federal em 22 de março, última terça-feira. A partir de agora, a PF passará a investigar as suspeitas de irregularidades no MEC, mas nos casos das pessoas que não integram a estrutura do governo federal, de acordo o presidente.
Também nesta quinta-feira, a ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de investigação contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro e outras sete pessoas, incluindo os pastores Gilmar Santos, Arilton Moura - que atuariam informalmente no MEC para a interlocução com os prefeitos. O pedido foi feito pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, ao Supremo na quarta-feira (23).