O ex-secretário da Receita Marcos Cintra foi candidato a vice-presidente na eleição deste ano pelo União Brasil.
O ex-secretário da Receita Marcos Cintra foi candidato a vice-presidente na eleição deste ano pelo União Brasil.| Foto: José Cruz/Agência Brasil.

O ex-secretário da Receita Marcos Cintra, que foi candidato a vice-presidente neste ano pelo União Brasil, teve a conta no Twitter suspensa. Não se sabe ainda o motivo da medida. Neste sábado, ele publicou uma série de postagens na plataforma em que defendia uma resposta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a dúvidas sobre a integridade da votação do segundo turno.

“Verifiquei os dados do Tribunal Superior Eleitoral e não vejo explicação para Jair Bolsonaro ter zero votos em centenas de urnas”, escreveu o economista. “Há outras centenas, senão milhares de urnas com votações igualmente improváveis [...] Se há suspeita em uma única urna, elas recaem sobre todo o sistema”, postou depois.

Neste domingo (6), no Instagram, ele compartilhou a imagem de sua conta retida no Twitter, em que é informado que ela foi suspensa em razão de uma “exigência legal”. “Minha conta do Twitter acaba de ser Retida no Brasil... Um cidadão de bem fazendo perguntas sobre dados oficiais… estou muito triste e preocupado”, postou.

Além de Cintra, os deputados Major Vitor Hugo (PL-GO) e Coronel Tadeu (PL-SP), aliados do presidente Jair Bolsonaro, também tiveram contas suspensas no Twitter. Apoiador do presidente, o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) protestou contra a medida. “A Constituição proíbe censura prévia. Deputados estão tendo as imunidades violadas e estão sendo censurados. A Câmara precisa agir ou a ditadura judicial avançará sobre TODOS”, escreveu.

Na sexta, o deputado eleito mais votado do país, Nikolas Ferreira (PL-MG), teve a conta suspensa. “Eu basicamente... Simplesmente transcrevi o que o argentino disse no Twitter e foi provavelmente por isso que derrubaram minha conta com mais de 2 milhões de seguidores”, afirmou num vídeo publicado no Instagram. Ele se referia a um vídeo exibido nesta sexta (4) na Argentina que aponta indícios de fraude nas urnas eletrônicas, refutado pelo TSE e que já foi retirado do YouTube.