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Imagem ilustrativa| Foto: Arseny Togulev/Unsplash

Um médico anestesista foi preso, na madrugada desta segunda-feira (11), por suspeita de ter abusado de uma paciente, que estava sedada, durante uma cesariana em um hospital em São João de Meriti, município na Baixada Fluminense, no estado do Rio de Janeiro. De acordo com o jornal O Globo, o profissional de saúde foi autuado em flagrante por estupro depois que membros da equipe hospitalar suspeitaram do comportamento dele e filmaram escondido a cena. Essa gravação foi entregue aos investigadores da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti.

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Por meio de nota enviada ao jornal, a Fundação Saúde do Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria de Estado de Saúde repudiaram a conduta do médico e disseram que estão à disposição da polícia para colaborar com a investigação. Os órgãos afirmaram que será aberta uma sindicância para tomar as medidas administrativas e também será feita uma notificação ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj). Já a defesa do médico não foi encontrada para falar sobre o caso.

As funcionárias disseram ao O Globo que o anestesista também participou de outras duas cirurgias, neste domingo (10), mas elas ocorreram em salas onde as gravações escondidas não puderam ser feitas e por isso não foi possível registrar se o profissional teve algum comportamento suspeito ou não nesses casos. Mas a polícia vai investigar se existem outras possíveis vítimas.

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) divulgou nota sobre o caso e prestou solidariedade à vítima e aos familiares dela. A pasta também parabenizou as enfermeiras por terem denunciado o médico, o que possibilitou a prisão. O ministério disse ainda que está à disposição da família. "Agora, essa mãe e essa família vão precisar de atendimento para superar o trauma, para recuperarem-se da violência sofrida num momento que deveria ser somente de alegria. Estamos à disposição caso necessitem de apoio".

O MMFDH salientou que as denúncias podem ser feitas também por meio do Ligue 180 - telefone e/ou aplicativo Direitos Humanos Brasil -, no Telegram "direitoshumanosbrasilbot" ou ainda pelo WhatsApp (61) 99656-5008.