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Na manhã deste domingo (12), em Curitiba, dois rapazes foram baleados na região do São Braz. Alessandro Gonçalves Leal, 19 anos, levou um tiro na nuca e está internado no Hospital Evangélico. Um outro jovem, de aproximadamente 20 anos, foi encontrado morto na Rodovia Ademar Bertoli, no mesmo bairro. O corpo, que ainda não foi identificado pelo Instituto Médico Legal (IML), tinha marcas de tiros na cabeça e nas costas.

Segundo informações da Delegacia de Homicídios, os dois crimes estão ligados a gangues da região, formadas por adolescentes, traficantes e usuários de drogas, que estão tirando o sossego dos moradores. De acordo com a família de Alessandro, o rapaz voltava às 6h da manhã da danceteria Sistema X, a pé, quando um carro branco passou por ele e atirou.

A namorada do rapaz, que prefere não se identificar, conta que já na danceteria eles perceberam o comportamento estranho de um dos integrantes da gangue. "Nós desconfiamos da mesma pessoa que um tempo atrás matou dois jovens por causa de brigas. Ele é dono do mesmo carro que foi identificado pelo Alessandro na hora em que levou um tiro. Não posso afirmar nada, a polícia que tem que resolver, mas sabemos que é briga de gangues", diz.

A Polícia Militar diz que a vítima ainda não identificada provavelmente foi morta pela mesma gangue, já que ela foi encontrada na região de conflito no horário próximo ao outro incidente, por volta das 7h. Até o final da tarde de domingo, a família ainda não tinha ido atrás do corpo.

Preocupação

Os moradores do São Braz estão preocupados com a atuação das gangues, que nos últimos meses têm incomodado muito. Em agosto elas mataram o morador Cristiano Freitas de Oliveira e balearam outros cinco jovens, três deles com menos de 18 anos. No início deste mês foram mais dois assassinados. John Lenon Rodrigues de Oliveira e Marllon Dias da Silva, ambos de 18 anos, foram mortos a tiros na Rua Elis Regina, próximo uma cancha de areia, onde ocorria um jogo de futebol. Um grupo chegou ao local atirando contra os jovens, que foram socorridos pelo Siate, mas não resistiram.

O pai de Alessandro, que também prefere não se identificar, conta que nos últimos dias as gangues atiraram na porta da sua casa. "Eles vivem armados por aqui, sempre dá tiroteio. É uma gangue brigando com a outra. É uma confusão que não se sabe mais quem é de qual", conta.

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