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Uma briga judicial envolvendo empresas de ônibus que operam no trecho entre Ponta Grossa e São Paulo causou transtornos a passageiros durante a Páscoa. Uma liminar concedida pela Justiça na tarde de quarta-feira passada fez com que pelo menos 500 pessoas tivessem de alterar suas passagens na véspera do feriado prolongado.

O impasse na Justiça entre a Transfada – operada pela Trans­pen, com sede em Itararé (SP) – e a Expresso Nordeste – com matriz em Campo Mourão, no Noroeste do Paraná – vem desde 2004, quando foi pedida a rescisão de um contrato entre as empresas sobre os direitos de operação da linha. A Nordeste operava no trecho com um mandado de segurança. En­­tretanto, desde a meia-noite de quinta-feira, a empresa paranaense está impedida de transportar pas­­sageiros e encomendas de Pon­­ta Grossa a São Paulo e a Santos (SP).

Transferências

Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), estima-se que, com a decisão, os passageiros precisaram pedir o reembolso dos bilhetes já pagos e viajar pela Transpen. "Nós orientamos a Transpen para que oferecesse ônibus nos mesmos horários para que os passageiros transferissem as passagens e não fossem tão prejudicados", afirma o coordenador do setor de fiscalização da ANTT em Curitiba, Noel Pereira.

Como foi notificada no final da tarde de quarta-feira, a Expresso Nordeste não teve tempo hábil para recorrer. Desde então, as principais queixas dos passageiros estão relacionadas ao atraso. Algumas viagens atrasaram até duas horas. A confusão se estendeu até ontem. No guichê da Nordeste, em Ponta Grossa, a informação era de que ainda havia 33 passagens compradas com destino a São Paulo a serem restituídas.

Para o professor e cirurgião-dentista Adiron Mehret, que mora em Ponta Grossa e semanalmente vai a São Paulo para dar aulas, o impasse é prejudicial. "Para mim, tanto faz a Transpen ou a Nordeste, o que eu quero e preciso é de um transporte de qualidade até São Paulo", opina.

Empresas

A Transpen não se manifestou sobre a liminar. A Nordeste afirmou, por meio do advogado Ramiro de Lima Dias, que vai recorrer da decisão no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Já a ANTT, responsável pelas viagens rodoviárias interestaduais, informou que se trata de uma decisão judicial e que ela deve apenas ser cumprida.

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