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Alunos e professores do Colégio Estadual Aníbal Khury Neto, no bairro Uberaba, em Curitiba enfrentam um problema nada comum. Em frente a três salas de aula, ao lado do corredor de passagem, abriu-se um buraco de aproximadamente cinco metros de diâmetro. Exposta, a cratera acumulou água, que gera mau cheiro e risco de contaminação.

Rachaduras na calçada e nas paredes podem ser observadas. Há dois meses, a direção e a Associação de Pais e Mestres (APM) buscam solução, mas não conseguem. Os diversos pedidos oficializados aguardam os trâmites da burocracia.

Depois da cobrança da reportagem, que pediu um parecer do órgão responsável – o Instituto de Desenvolvimento da Educação no Paraná (Fundepar) –, tapumes foram colocados sobre o buraco. Porém, ainda é preciso aguardar o processo de licitação para o início da obra que deverá resolver o problema.

No início de julho, funcionários perceberam uma pequena abertura no solo, que foi aumentando com o passar dos dias. "Os técnicos que vieram analisar disseram que é um sumidouro, destinado ao despejo de dejetos da cozinha, mas isso parece mais um esgoto a céu aberto", diz a presidente da APM, Rutilde Czepanhuk. A cratera fica ao lado do muro que divide o colégio de um posto de saúde.

Providências

Segundo o Fundepar, o local está sendo analisado e só um laudo técnico poderá precisar qual a causa e a solução para a questão. Diversos ofícios, pedindo soluções, foram enviados ao Fundepar, mas sem retorno. Mesmo a Comissão de Segurança de Edificações de Imóveis (Cosedi) estipulando prazos rápidos para ações, nada havia sido feito. "Eles nem nos atendiam, não nos davam uma posição e nem resolviam o problema", conta Rutilde, sobre as tentativas feitas anteriormente.

O colégio oferece ensino fundamental, de 5.ª à 8.ª série – e tem hoje 1,7 mil alunos. "Não dá pra deixar a porta aberta, por causa do cheiro horrível e dos mosquitos que se acumulam. Isso tira nossa concentração e até a vontade de estudar", diz a estudante Suele Rocha, de 15 anos.

A professora Silmara de Oliveira diz que o relacionamento com os alunos está péssimo. "Eles estão revoltados por perder o direito ao intervalo (têm que ficar na sala pelo perigo de queda)", assegura Silmara.

A presidente do Fundepar, Sandra Turra, afirmou que a demora no atendimento das solicitações se deve à burocracia. "Temos 2,1 mil escolas e muitos problemas a resolver. Não temos como agilizar o processo e nem destacar prioridades. Tudo é importante na educação, só precisa de tempo e de verba", responde. Segundo ela, as causas do aparecimento do buraco já estão sendo analisadas e, depois de revelado o laudo da situação, se abrirá um processo de licitação para encontrar alguma empresa disposta a realizar a obra. Em quanto tempo? "É impossível prever", responde Sandra.

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