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Basta chegar ao aeroporto Fernando de Noronha para perceber uma agitação incomum. Desde o desaparecimento do Airbus 330, voo AF 447 da Air France, a rotina do arquipélago está mais acelerada. Entre segunda-feira (1º) e esta terça-feira (2), além dos turistas, cerca de 30 jornalistas, vindos de outros estados do país e do exterior, desembarcaram em Fernando de Noronha em busca de informações detalhadas sobre o desastre aéreo.

O guia turístico Reginaldo Santos, 32 anos, trabalha há seis mostrando as belezas naturais do arquipélago aos turistas. Mas desde segunda-feira, o seu público alvo tem sido outro. A prioridade agora é levar os jornalistas do aeroporto até os hotéis. "O movimento na ilha é tranqüilo, principalmente agora na época de baixa estação, mas o acidente deixou tudo mais agitado. Pena que o motivo seja uma situação triste como essa", disse Santos.

O noronhense José Guedes, 45, nasceu e foi criado na ilha. Ele disse que a movimentação no aeroporto tem sido mais notável do que entre os próprios moradores da ilha. "Eu tenho uma lanchonete no aeroporto há mais de cinco anos, e essa foi a maior movimentação que já vi por aqui".

De acordo com o administrador de Fernando de Noronha, Romeu Batista, a chegada de jornalistas e militares era prevista devido às grandes proporções do acidente. Ele informou que o governo está disposto a prestar qualquer auxílio, "mas até agora a Força Aérea tem sido auto-suficiente nas ações de busca e salvamento". Ele acredita que a ilha tem estrutura suficiente para receber os oficiais da aeronáutica e da marinha, além de condições para funcionar como base das operações.

Mais militares A Aeronáutica enviou, nesta terça-feira, mais aviões e aumentou o efetivo de militares no trabalho das buscas pelo Airbus da Air France desaparecido no caminho entre Rio de Janeiro e Paris, na noite de domingo (31), com 228 pessoas a bordo, sendo 59 brasileiros. Até segunda-feira (1º), 100 militares se dividiam em frentes de ações em Natal, Recife e Fernando de Noronha.

Segundo a Aeronáutica, ao menos 10 aeronaves estão disponíveis nas ações de busca e resgate. Outras aeronaves chegaram a Fernando de Noronha para levar peças de manutenção, combustível e mantimentos. O efetivo atual da corporação na ilha ainda não foi divulgado.

Reforço da Marinha A Marinha direcionou, no início da tarde desta terça-feira, cinco navios com equipamentos para resgate de sobreviventes para o local onde pilotos da Aeronáutica avistaram objetos que podem ser do Airbus 330-200.

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