Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Voo 47

Buscas pelo Airbus prosseguirão durante a noite

Avião da Air France desapareceu com 228 pessoas a bordo. Turbulência atingiu aeronave quando sobrevoava o Oceano Atlântico

Presidente francês Nicolas Sarkozy (dir.) e o ministro dos Transportes Jean-Louis Borloo falam com jornalistas no aeroporto Charles de Gaulle | Guillaume Baptiste / Reuters
Presidente francês Nicolas Sarkozy (dir.) e o ministro dos Transportes Jean-Louis Borloo falam com jornalistas no aeroporto Charles de Gaulle (Foto: Guillaume Baptiste / Reuters)
Painel do aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, aponta o voo AF 447 como atrasado |

1 de 2

Painel do aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, aponta o voo AF 447 como atrasado

Passageiros realizam check-in no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro: Airbus com 228 pessoas a bordo sumiu dos radares sobre o Atlântico |

2 de 2

Passageiros realizam check-in no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro: Airbus com 228 pessoas a bordo sumiu dos radares sobre o Atlântico

A Força Aérea Brasileira (FAB) mobilizou cinco aviões e dois helicópteros para o arquipélago de Fernando de Noronha com intuito de ajudar nas buscas pelo avião da Air France que desapareceu com 228 pessoas a bordo. As operações prosseguirão durante a noite nesta segunda-feira (1º). Já a Marinha informou que três navios de sua frota chegarão às 7h da manhã de quarta-feira.

Brasileiros e franceses formavam a maioria dos passageiros. O voo AF 447 seguia para Paris e, aproximadamente às 23h, sumiu dos radares dos controles aéreos quando sobrevoava o Oceano Atlântico.

Entre os ocupantes do avião - 216 passageiros e 12 tripulantes, segundo a Air France - há um bebê, sete crianças, 82 mulheres e 126 homens.

Segundo o site da companhia, estavam a bordo 58 passageiros brasileiros e 61 franceses, além de 26 alemães, 2 norte-americanos, 1 sul-africano, 1 argentino, 1 austríaco, 1 belga, 58 brasileiros, 5 ingleses, 1 canadense, 9 chineses, 1 croata, 2 espanhóis, 4 húngaros, 3 irlandeses, 1 islandês, 9 italianos, 5 libaneses, 2 marroquinos, 1 filipino, 2 poloneses, 1 romeno, 1 russo, 3 eslovacos, 1 dinamarquês, 1 estoniano, 1 gambiano, 1 sueco, 6 suíços, 1 holandês, 3 noruegueses e 1 turco.

A Polícia Federal do Brasil, por sua vez, contabilizou 52 brasileiros a bordo - 51 passageiros e um tripulante, segundo a Anac. A nota da Anac informa que havia alguns passageiros com dupla nacionalidade.

O voo AF 447, que levava 216 passageiros e 12 tripulantes, segundo a empresa, deveria ter pousado às 6h10 (horário de Brasília) no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris.

A companhia disse que a aeronave estava em uso desde 2005, tinha 18.870 horas de voo e passou por manutenção técnica pela última vez em 16 de abril.

A companhia Air France informou que o avião mandou uma mensagem automática às 2h14 GMT desta segunda-feira (23h14 de domingo em Brasília) avisando sobre uma pane elétrica.

O aviso teria sido mandado depois que o avião comercial, um Airbus 330-200, atravessou uma área de tempestade, em que enfrentou forte turbulência.

François Brousse, diretor de Comunicação da empresa, disse em Paris que a hipótese "mais provável" é que a aeronave tenha sido atingida por um raio.

O comandante, segundo a Air France, tinha 11 mil horas de voo. Os copilotos tinham 3 mil e 6,6 mil.

A Air France colocou à disposição de familiares um telefone que centraliza informações sobre o acidente: 0800 881 2020 para o Brasil, 0800 800 812 para a França, e + 33 1 57 02 10 55 para outros países.

A Air France repassou ao Bureau de Investigação e Análises para a Segurança de Aviação civil, organismo responsável na França pelas investigações técnicas sobre acidentes e incidentes da aviação civil, e para a Airbus, fabricante do avião, as informações que tem em seu poder sobre o desaparecimento.

Buscas

O voo, que começou o procedimento de voo às 19h03 do domingo e decolou às 19h30, segundo a Aeronáutica, fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III) a 565 km de Natal, informando que entraria no espaço aéreo de Dacar, no Senegal, às 23h20 de Brasília, segundo a Aeronáutica.

Às 22h48 (horário de Brasília), quando a aeronave saiu da cobertura do Cindacta, as informações indicavam que a aeronave voava normalmente a 11 quilômetros de altitude e a uma velocidade de 840 quilômetros por hora.

Os controles aéreos civis brasileiro, africano, espanhol e francês tentaram estabelecer contato com o voo, mas não obtiveram sucesso.

Três aviões da Força Aérea Brasileira e três navios da Marinha buscam o avião. Segundo o assessor de imprensa da Aeronáutica, coronel Henry Munhoz, as buscas foram iniciadas ao nascer do sol. "Aeronaves da Força Aérea Brasileira, a partir de Fernando de Noronha, no sentido de Paris, buscam a aeronave desaparecida", disse Munhoz.

De acordo com o coronel, o avião não foi detectado nos radares da Ilha do Sal, que fica no meio do caminho entre Brasil e Europa. "Em consequência disso, a Força Aérea Brasileira foi acionada durante a madrugada para que as buscas fossem iniciadas com o nascer do sol."

O assessor da Aeronáutica explica que o departamento de controle do espaço aéreo tem uma cobertura que corresponde a três vezes a dimensão do Brasil. Boa parte do Oceano Atlântico está sob a responsabilidade do país, de acordo com tratados internacionais. Portanto, as buscas estão a cargo do país.

Uma aeronave militar francesa deixou Dacar, no Senegal, para tentar localizar o avião, informou a embaixada da França naquele país africano.

Um avião da guarda civil espanhola somou-se nesta segunda-feira às buscas do A330 da Air France que fazia o voo Rio-Paris e que desapareceu no oceano Atlântico, informou o ministério espanhol do Interior.

Segundo Carlos Camacho, diretor de segurança do Sindicato Nacional dos Aeronautas, o avião pode estar fora do perímetro brasileiro. "Se o piloto estava seguindo para Paris, a 800 km/h, ele estaria perto de pousar, cerca de quatro horas do procedimento de pouso. É muito provável que ele esteja no perímetro dos continentes europeu e africano."

O ministro francês do Desenvolvimento, Jean-Louis Borloo, disse em entrevista à radio France Info que, infelizmente, deve-se esperar pelo "mais trágico cenário", uma vez que a reserva de combustível do avião já deve ter acabado. Ele também descartou a possibilidade de sequestro e disse que o mais provável é que tenha havido um acidente.

O governo francês montou uma "célula de crise" no aeroporto para acompanhar o caso.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.