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O desenhista

Camargo começou a desenhar ainda guri e chegou a produzir revistinhas sobre a história dos times de futebol do Paraná. O texto era do amigo Maurício Fruet. Também produzia histórias de caubóis e participava de uma espécie de clube de troca na frente do Cine Curitiba. É fã das revistinhas Tex.

O piadista

Observador atento, tem sempre uma tirada na manga. Nas horas vagas – que podem ser aquelas em que o mundo cai sobre a redação – saca o pincel e faz tiras. Em tempos idos, era conhecido por furar copos de cafezinho com alfinetes – um castigo sob medida para afoitinhos. Colar peixinhos com durex (para cima) na cadeira dos colegas: as traseiras ficavam famosas.

O boêmio

Não queiram saber onde ele vai, sob risco do dono perder o freguês. Pintou muita gente conhecida, o Pancho se manda. O bar é seu observatório do mundo, cujo resultado transfere para tiras, como as do Rolmops e Catchup. Dia desses, soube-se, o Juarez, do Bar do Juarez (ou seria Nosso Bar), um dos que freqüentou, ligou para reclamar: "Estou com saudade". Aliás – Camargo casou com Fátima num bar, o Hermes.

O leitor

É seu vício secreto, madrugada adentro, o que inclui o cinema. Ele não esnoba, mas a gente sabe de sua erudição. Segundo censo feito com amigos e parentes, o livro do cabeceira é Vidas Secas, de Graciliano Ramos.

O idealista

Sim – o Camargo quando jovem teve um retrato de Che Guevara na parede do quarto. Diz Tito que estava escondido atrás de uma janela e foi descoberto por uma irmã. "Ela quase caiu de costas." Esse tipo de propaganda política não era permitido na casa de Saladim e Julieta.

O Pancho

O apelido teria sido dado por seu Saladim ao ver o garoto com um chapéu de palha maior do que sua cabeça, tal qual o revolucionário mexicano Pancho Villa. Como adorava "farveste", pegou.

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