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A universitária Letícia Fernandes, de 23 anos, faz parte do grupo de voluntários que já está em ação | Hugo Harada/Gazeta do Povo
A universitária Letícia Fernandes, de 23 anos, faz parte do grupo de voluntários que já está em ação| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

Lançada em fevereiro deste ano, a campanha de voluntariado para o combate ao Aedes aegypti em Curitiba ainda está muito longe da meta inicial. A ideia era ter 15 mil voluntários, um para cada quadra da cidade. Mas, até o momento, apenas 324 moradores se cadastraram no programa.

Desses, apenas cem já participaram dos cursos de capacitação promovidos pela Defesa Civil e a Secretaria Municipal de Saúde. Os outros 224 ou não foram localizados para fazer a capacitação ou a agenda ainda não casou com a dos dias dos cursos. “Mas estamos preparados para fazer 15 mil capacitações”, assegura o guarda municipal Pedro Ioungblood, do setor de planejamento da coordenadoria municipal de Proteção e Defesa Civil.

A ação é preventiva. “Os voluntários vão a casas vizinhas às suas para identificação de pontos de risco e eliminação de criadouros do mosquito”, explica Ioungblood. Com essa ação, os voluntários se juntam à equipe de 1,1 mil funcionários da prefeitura envolvidos na caça ao Aedes. São agentes de endemia e comunitários responsáveis por controlar, identificar e destruir os focos do mosquito.

Números

11 casos autóctones de dengue já foram registrados em Curitiba neste ano, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde. Esse é o maior número de casos locais da doença desde o início da série histórica, em 2000. De zika, são 7 casos autóctones.

233 focos do Aedes aegypti foram localizados em Curitiba até 12 de abril, de acordo com o último boletim epidemiológico da SMS.

E o trabalho não tem sido pouco. Se o voluntariado não foi o esperado pela prefeitura, a demanda por vistorias ultrapassou as expectativas. Do início de janeiro até a última quarta-feira (13), já eram 9.549 queixas ao serviço 156 relacionadas a focos do mosquito. São pedidos para vistorias em terrenos baldios, denúncias de áreas com água parada e acúmulo de lixo. Cenários perfeitos para a proliferação do Aedes aegypti.

Somadas às verificações das denúncias, ainda há as ações de bloqueio – vistorias realizadas num raio de 300 metros da casa de pacientes com dengue -- e as medidas para o controle do vetor em pontos estratégicos. Resultado? Tem sobrado pouca gente para fazer a visita de casa em casa, verificar quintais e jardins e fazer o trabalho de orientação. E é nisso que entram os voluntários.

“Sei que no momento a pauta está mais política, mas as a população não pode esquecer as ações de combate ao Aedes aegypti. Porque o mosquito está aí e o engajamento da comunidade é fundamental para acabar com ele”, apela Ioungblood.

A universitária Letícia Fernandes, de 23 anos, faz parte do grupo de voluntários que já está em ação. Uma vez por semana, ela bate de porta em porta pela vizinhança para passar orientações, verificar e destruir possíveis focos do Aedes aegypti. “Dependendo do humor dos vizinhos no dia, o trabalho leva de uma a duas horas”, conta a jovem, moradora do bairro Tingui.

A previsão é que o projeto acabe no início de junho. Quem quiser se inscrever, ainda pode entrar no site (http://www.curitiba.pr.gov.br/cadastro-voluntario-aedes/) da campanha e fazer o cadastro. Em seguida, funcionários da prefeitura entram em contato para agendar a capacitação. Após o curso, o voluntário assina um termo de adesão, recebe um crachá de identificação e tem a área que vai atuar demarcada. No dia 2 de junho, os voluntários receberão um certificado pelo serviço prestado.

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