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Extradição impede a impunidade

Depois de autorizar a extradição do traficante Juan Carlos Ramírez Abadía para os Estados Unidos, o ministro da Justiça, Tarso Genro, disse ontem que a expulsão vai evitar que o colombiano se "abrigue na impunidade" no Brasil. Como Abadía foi condenado no país somente pelo crime de lavagem de dinheiro, Tarso disse que sua permanência em solo brasileiro permitiria a sua liberdade em curto prazo.

"Aqui ele foi condenado apenas a 13 anos e meio, com a possibilidade de sair para a rua muito cedo. Aqui, ele só foi condenado pelo crime que cometeu, de lavagem de dinheiro. Ele não fez tráfico de drogas aqui, não foi constatado isso, nem cometeu nenhum assassinato ou violência. Pensou que estava abrigado na impunidade aqui no Brasil e se deu mal", afirmou.

Segundo o ministro, a extradição do traficante pois vai permitir o combate ao tráfico de drogas em todo o mundo.

Folhapress

O governo federal espera regularizar ou retirar de circulação um total de 300 mil a 500 mil armas de fogo, com a nova campanha nacional de desarmamento lançada ontem pelo ministro da Justiça, Tarso Genro. Sob o lema "Não deixe a ilegalidade fazer mais vítimas", a campanha se estenderá até 31 de dezembro e custará R$ 46 milhões, sendo R$ 6 milhões em peças publicitárias e R$ 40 milhões para pagamentos das indenizações a quem entregar armas.

O governo estima que existam hoje cerca 6,5 milhões de armas registradas e entre 800 mil e 1 milhão clandestinas no país. Tarso diz achar que a redução do poder bélico civil e o fim da clandestinidade, contribuirão para controlar a violência e estabelecer uma cultura de paz a médio e longo prazo. "Medidas desse tipo ajudam a mudar o paradigma do sistema de segurança no país", afirmou o ministro.

Campanhas de incentivo ao desarmamento foram promovidas em 2004 e 2005. Em 2005, um referendo derrubou a proibição do comércio de armas no país, que estava prevista no Estatuto do Desarmamento, lei de iniciativa do Executivo. Quem devolver sua arma, mesmo clandestina, não sofrerá qualquer retaliação e ainda receberá indenização de R$ 100 a R$ 300, conforme o calibre.

A partir de domingo, começa a ser veiculada a campanha publicitária por meio de emissoras de tevê, rádios, cinema, além de material gráfico e anúncios em revistas, internet e paradas de ônibus. "Não há uma medida que vá melhorar radicalmente a segurança pública, é sempre um conjunto delas", observou Tarso, para quem as campanhas anteriores do Ministério mostraram resultados positivos.

Ele acha que o controle das armas produzirá uma redução imediata nas mortes e ferimentos por bala perdida, um dos fatores que mais geram sensação de insegurança nos brasileiros, conforme pesquisa do ministério. "Esse é um dos pontos mais importantes da natureza da segurança pública", enfatizou. Quem for entregar a arma deve antes pedir à PF ou a uma instituição parceira uma guia de transporte para levá-la até o local da entrega.

Para registrar o armamento é preciso apresentar original e cópia do documento de identidade, CPF, e comprovante de residência, além do formulário do Sistema Nacional de Armas (Sinarm) – que pode ser obtido em qualquer unidade da Polícia Federal ou pela Internet – preenchido. É necessário mostrar também a nota fiscal do produto.

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