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O ex-deputado estadual Fernando Ribas Carli Filho tem 20 dias para comparecer a um interrogatório diante de um juiz. Ele é acusado de ser o responsável pelo acidente de trânsito que matou dois jovens em Curitiba em maio do ano passado. A presença física obrigatória de Carli foi determinada pelo juiz Daniel Surdi de Avelar, da 2ª Vara do Tribunal do Júri da capital.

A defesa do réu tem cinco dias para decidir se ele será ouvido em Curitiba ou na Comarca de Guarapuava, onde o ex-deputado reside atualmente. Por esse motivo, Avelar também mandou uma carta precatória ao Juízo de Guarapuava, solicitando que Carli possa ser interrogado na cidade - caso essa seja a escolha da defesa.

De acordo com o assistente de acusação e advogado da família das vítimas, Elias Mattar Assad, Carli é obrigado a comparecer, no entanto, ele poderá exercer o direito de ficar calado ou dizer que não se lembra dos fatos. O objetivo principal é que ele fique ciente das acusações e provas do processo.

Depois do acidente, em agosto do ano passado, o delegado Armando Braga de Moraes concluiu o inquérito e indiciou Carli Filho por duplo homicídio com dolo eventual (quando o agente assume o risco de produzir o resultado). O caso foi enviado ao Tribunal do Júri e, em fevereiro deste ano, as testemunhas passaram a ser ouvidas em juízo.

Ainda restam três testemunhas de defesa para serem ouvidas. Elas não presenciaram o acidente e só têm a missão de falar sobre o caráter do ex-deputado. Como não moram em Curitiba, terão que ser ouvidas por meio de "carta precatória" em Cuiabá (MT), Joinville SC) e São Paulo.

Depois que esta etapa for concluída, o juiz vai decidir se Carli vai ou não à júri popular. Manifestação

Carli Filho será interrogado em juízo mais de um ano depois do acidente que vitimou Gilmar Rafael Yared e Carlos Murilo de Almeida. Na última sexta-feira (7), as famílias das vítimas realizaram uma manifestação para relembrar o primeiro ano do incidente fatal.

Por cerca de duas horas, um culto ecumênico reuniu, mesmo sob forte chuva, cerca de 150 pessoas no local do acidente: o cruzamento das ruas Monsenhor Ivo Zanlorenzi e Paulo Gorski, no bairro Mossunguê. Faixas, cartazes e adesivos foram levados para o local que contou com a presença de outras pessoas que perderam familiares em acidentes de trânsito.

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